terça-feira, 23 de setembro de 2014

ESCÂNDALO, LEO COUTINHO E A MORTE DA MENOR LUISA MEL. EXPLICA FLÁVIO DINO.

Revoltante!!! Para se eximir de responsabilidades, Prefeitura acusa pai de criança morta no Hospital Infantil de Caxias de agredir médica que tentava salvá-la


Tentando se eximir de responsabilidades pela morte da menor Luisa Mel, ocorrida no último domingo no Hospital Infantil de Caxias, a Prefeitura, em nota distribuída à imprensa, e publicada na página oficial do município, tenta colocar a culpa pela tragédia que abateu a família dos pais da criança.
O próprio prefeito Léo Coutinho divulgou isso através de sua página oficial no facebook, o que provocou revolta e indignação dos internautas (veja prints ao lado).
Demonstrando não ter um mínimo de coerência, a justificativa oficial começa a ser grotesca já na manchete da notícia: Nota de Esclarecimento: Médica tenta salvar criança e é agredida por pai no Hospital Infantil.
Prefeito usa redes sociais para tentar eximir seu governo das responsabilidades e 
recebe o tratamento que merece dos internautas
Como se vê, a tentativa de livrar o governo Léo Coutinho de qualquer responsabilidade sobre mais um óbito ocorrido na rede pública municipal de saúde demonstra o quanto podem sair totalmente da realidade diante de mais um fracasso da atual gestão.
No corpo da matéria distribuída pela assessoria palaciana vê-se um relato sobre horário de entrada da criança no Hospital Infantil no dia do seu falecimento (domingo, às 13:21hrs) e o momento em que foi encaminhada pelo médico para o setor de enfermagem para os procedimentos necessários (13:45hrs).
A partir da última informação de horário, a nota de esclarecimento da Prefeitura já não obedece a sequência cronológica do caso, ficando apenas as informações técnicas, como as providências para um encaminhamento para São Luis.
O esclarecimento da Prefeitura diz ainda que no momento que a médica atendia a criança, que estava tendo uma parada cardiorrespiratória, a mesma foi agredida pelo pai.
A afirmação oficial do governo Léo Coutinho, de que o pai da menor Luisa Mel agrediu a médica que tentava salvar a vida de sua filha, é de uma sordidez que revolta.
Ainda na nota de esclarecimento da Prefeitura, a assessoria palaciana tenta colocar mais dúvidas nos pais da criança ao dizer, em um trecho do texto, que a “a mãe, de nome Tamires Rodrigues da Silva, disse que, quando estava viajando, a filha havia caído da cama e deixou a criança aos cuidados de terceiros em sua residência”.
Como se vê, a "explicação" palaciana veio com uma boa dose de veneno colocando novamente suspeitas sobre a mãe ao dizer que ela “estava viajando”, que a filha “havia caído” e que a deixou “aos cuidados de terceiros”. Tentam, de forma subliminar, caracterizar a mãe como irresponsável, o que só aumenta a revolta da família da criança.
Rápidos para tentar livrar o governo de qualquer responsabilidade sobre o episódio, a nota de "esclarecimento" finaliza dizendo que “toda a documentação dos procedimentos está à disposição da população”, mas, no entanto, não os apresenta nos seus veículos de comunicação.
Não quero aqui responsabilizar diretamente nenhum profissional da rede municipal de saúde pelo triste episódio, mas registro as dúvidas contidas no próprio esclarecimento da Prefeitura, o que só levanta mais dúvidas para as responsabilidades e omissões no caso.
Tentar responsabilizar o pai da criança de agredir a médica que tentava salvar a vida de sua filha é de uma incoerência que esse governo não cansa de protagonizar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário