Militância jovem “importada” tem ligações com Flávio Dino
Membros
de entidades ligadas à juventude, como União da Juventude Socialista
(UJS) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), passaram a
semana passada inteira convocando via redes sociais alunos das escolas
de ensino médio e a sociedade em geral para participar de um evento
denominado “Maranhão sem Corrupção”, que teve inicio as 15h na Praça
Panteon, Centro de São Luís.
Compareceram
cerca de 300 estudantes, apoiados por dois carros de som e uma van. A
passeata se deu sob a animação de uma banda de fanfarra.
Ainda
na saída da praça com destino ao Palácio dos Leões, dois grupos se
formaram e houve confronto. Motivo: um grupo queria que o ato também
fosse direcionado ao prefeito Edvaldo Holanda Júnior (PTC) e não
simplesmente à governadora Roseana Sarney (PMDB). O outro queria que o
foco fosse apenas o Governo do Estado.
Em
determinado momento, os que manifestavam contra o Município lançaram
mão de um caixão, simbolizando o enterro do prefeito. Isso foi motivo
para novo confronto.
Ocorre que
depois de investigar o caso, o blog descobriu que entre os que defendiam
manifestação contra Roseana não havia apenas estudantes maranhenses,
mas muita gente de fora.
Durante a caminhada foram identificados alguns deles, como Virginia Barros, presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Ela é natural de Pernambuco e veio especificamente para esse evento.
Na
passeata, posicionou–se em cima do carro de som e liderou palavras de
ordem e críticas ao Governo do Estado, pedindo a expulsão da família
Sarney.
Foi identificado ainda Renan
Alencar, presidente nacional da UBES e estudante da FATEC, de São Paulo.
Renan morou ainda em Manaus e está ligado à Central de Trabalhadores do
Brasil (CTB). Em sua
página pessoal no Facebook, postou fotos com a presidenta Dilma (ao
lado) durante a participação de um programa eleitoral sobre reforma
política e sobre o sentimento de ser revolucionário 24h todos os dias de
sua juventude. Esse evento contou ainda com a presença de Virgínia
Barros (UNE). Ele registra também, na página principal da UJS-Brasil,
seu total apoio ao candidato ao governo do Maranhão Flávio Dino (PC do
B), usando a frase “Renovar a Esperança”. Divulga eventos e convoca sua
militância a estar participando ativamente da agenda de Flávio Dino.
Thays
Campos, de Santa Catarina, militante do PC do B. Ela tem um
relacionamento com Mú Adriano, do Paraná, que também é militante do
PCdoB. Ambos estavam à frente da caminhada em São Luís, onde coordenavam
e definiam o trajeto e as paradas. O casal foi responsável pelos
transportes utilizados para o traslado dos estudantes. Cerca de 10
ônibus foram utilizados para o deslocamento dos alunos de várias escolas
de São Luis e depois retorno aos seus destinos. Mú Adriano foi também o
responsável por realizar o pagamento do veículo de som que foi
utilizado durante todo o trajeto do evento.
Todas
essas pessoas estavam acompanhadas no evento por Thiago Penna, que
atualmente mora em São Luis, mas morou em Belo Horizonte e é comumente
observado na organização de eventos contra a família Sarney.
Cursou
Turismo na UFMA e está diretamente ligado ao PCdoB. Autodenomina-se um
militante ativo do partido, como sendo a juventude comunista.
Outro
que estava no evento era Diegon Viana Schreiner, formado em Ciências
Imobiliárias pela UFMA. Trabalha na Federação das Associações
Empresariais do Maranhão e morou em Grajaú e Imperatriz.
Fabyana
Amorim usava um mega fone para declarar sua total insatisfação aos
familiares de Sarney e conduzia os alunos que estavam na frente do
evento a se manterem firmes diante do grupo que manifestava contra o
prefeito Edvaldo Holanda. Estudou no Barcelar Portela, e faz parte da
diretoria da UJS ligada às liberdades sexuais.
Jaine
Santos também aparece como uma forte liderança nos movimentos
estudantis, onde arregimenta os alunos e os motiva a participar e se
envolver nos eventos. Estudou no Liceu, e atualmente no IFMA. É natural
de Belém. Em seu Facebook deixa claro que apóia o candidato Flavio Dino,
sendo simpatizante dos movimentos do PC do B.
Os
dois eventos terminaram na Praça João Lisboa, pois um grupo tentou
passar à frente do outro, o que gerou uma confusão generalizada. Um
grupo soltou foguetes na direção do outro, que revidou. Foi necessária a
intervenção da Policia Militar.
Após
a ação policial, ficou claro que o evento tinha sido encerrado naquele
ponto. Os alunos foram direcionados aos ônibus de apoio para levar os
alunos de volta para suas respectivas escolas.
Na
ocasião um fato chamou atenção: um pequeno grupo de organizadores –
entre eles Renan Alencar (UJS), Virgínia Barros (UNE), Mú Adriano (PR) e
Thiago Penna, se mantiveram no local. Eles reclamavam pelo fato do
manifesto não ter saído como planejado.
A
presidente da UNE, Virginia Barros, estava impaciente pelo fato de ter
dado uma entrevista, o que poderia causar eventuais problemas a sua
imagem.
Logo em seguida,
deslocaram-se a uma casa localizada na Rua do Alecrim, nº 374. O imóvel
foi identificado como uma espécie de comitê de Flavio Dino (PCdoB). O
grupo entrou passou cerca de 40 minutos e depois saiu.