Após ameaça de busca e apreensão, advogado devolve processo de Waldir Maranhão ao TRE
Foi
preciso o desembargador Clodomir Reis, do Tribunal Regional Eleitoral
(TRE) do Maranhão, ameaçar determinar busca e apreensão no escritório do
advogado Marcus Vinícius Gusmão para que ele devolvesse, hoje (16), os
autos de uma representação do Ministério Público Eleitoral (MPE) que
pode culminar com a inclusão do deputado federal Waldir Maranhão (PP),
candidato à reeleição, no rol de fichas-sujas.
Waldir
responde a processo na Justiça Eleitoral desde 2010, quando não
conseguiu comprovar gastos da ordem de R$ 600 mil na sua campanha
eleitoral.
Do total, ele chegou a
dizer que R$ 200 mil foram bancados do próprio bolso. Mas a informação
não bate com a declaração de renda do candidato.
Na ocasião, os dados apresentados ao TRE apontavam que ele poderia ter doado para si mesmo, no máximo, R$ 16 mil.
Para apurar
essas incongruências, a Justiça Eleitoral deferiu, no final do ano
passado, pedido do MPE pela quebra dos sigilos bancário e fiscal do
parlamentar (reveja).
Segundo
a assessoria de imprensa do TRE, se for condenado até o dia 30 deste
mês, Waldir ainda se torna ficha-suja – mas poderá recorrer ao TSE e
concorrerá sub-judice ao cargo de deputado federal.
Por
isso a Corte ameaçou fazer busca e apreensão no escritório do advogado
caso o processo não fosse devolvido. Ele havia sido retirado por Marcus
Vinícius no dia 1º de setembro.