terça-feira, 31 de maio de 2016

ALUÍSIO MENDES DEIXA LIDERANÇA DO PTN PARA TRABALHAR APOIAR PRÉ-CANDIDATOS

Deputado vai dedicar os próximos meses às articulações pelos seus candidatos no interior maranhense, o que dificultaria sua dedicação à coordenação da bancada do partido na Câmara Federal

Aluisio Mendes com seus colegas de bancada; em 2016, a dedicação será aos aliados no interior
Por: Marco D'eça

O deputado Aluisio Mendes deixará na próxima semana a liderança da bancada do Partido Trabalhista Nacional (PTN) na Câmara Federal.
Ele tomou a decisão após avaliar que não seria possível exercer a função com a dedicação necessária, considerando que o apoio a seus pré-candidatos nos municípios do Maranhão demandará mais a sua presença no estado.
– Assumi a função de líder por 15 meses, exercendo a função com prazer e muito orgulho, pois nas duas vezes em que fui escolhido foi por unanimidade das bancadas. Mas a liderança demanda muito tempo e dedicação, e não seria justo com meus pares não estar 100% focado nas atividades de líder, já que preciso estar mais livre para apoiar meus pré-candidatos nas eleições municipais – justificou Aluisio Mendes.
Aluisio Mendes se destacou no primeiro ano de mandato após ter formado um bloco na Câmara Federal com oito partidos – PSDC, PTN, PRP, PTdoB, PSL, PRTB, PTC e PMN – totalizando 18 deputados federais. Por ter comandado toda a articulação, ele foi escolhido para liderar o bloco.
Este ano, o deputado maranhense foi um dos articuladores do crescimento da bancada do PTN na Câmara Federal, que aumentou de quatro para 13 parlamentares. E por eles foi escolhido para a liderança na Casa.
Ela ressaltou que sua decisão foi discutida com os demais membros do partido, e todos entenderam sua posição. Com seu afastamento, a liderança do PTN na Câmara Federal será exercida pela presidente nacional do partido e deputada federal Renata Abreu.

DEPUTADO SOUSA NETO SOFRE PERSEGUIÇÃO DO GOVERNADOR FLÁVIO DINO

Por: Jorge Aragão
O deputado estadual Sousa Neto (Pros) fez discurso firme sobre as ações movidas pelo governador Flávio Dino (PCdoB) para tentar acusar a ele e a deputada estadual Andrea Murad (PMDB) de recebimento ilegal de doações durante a campanha eleitoral
“Não consigo crer que um governador que tem como princípio maior a vingança e a perseguição possa querer o melhor para o Maranhão”, afirmou o parlamentar.
Sousa Neto explicou que o governador Flávio Dino tem utilizado de recursos estaduais e movido unicamente por interesses pessoais para tentar atingir os deputados que fazem oposição.
“Ele não só quer atingir moralmente, ele quer calar essas vozes, mas ainda bem que o nosso estado tem um poder judiciário livre, autônomo e soberano para agir conforme as leis”, continuou.
Fazendo a leitura do parecer do tribunal de justiça que afirmou que “a acusação é desprovida de mínimos indícios e com suporte em meras ilações e opiniões pessoais”, o deputado estadual questionou
“Minhas contas foram aprovadas, senhores, e a empresa doadora que ele contesta foi a mesma contratada pelo atual governo por 23 milhões e meio de reais. Então quer dizer que para doar para a minha campanha não pode, mas para ser fornecedora do governo dele não tem problema?”
Denunciando que o solicitante da investigação, recebeu cerca de 1 milhão e 400 mil reais em doações de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato e que os sócios ao serem presos, em seus depoimentos afirmaram que todas as doações aos governadores foram propinas, Sousa Neto concluiu
“Quem deve explicações por suas contas durante a campanha é ele e deve explicações não só pelas doações recebidas pelas empreiteiras UTC e OAS, mas principalmente por seu 1 ano e meio de governo omisso”.
Sobre o assunto, Flávio Dino adotou um silêncio sepulcral. Entretanto, vale lembrar que o “dedo-duro” do Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro já disse que se ele for realmente falar “não escapa um governador”.

GREVE DOS PROFESSORES EM SÃO LUÍS: DEPUTADO EDUARDO BRIDE COBRA SOLUÇÕES

Por: Zeca Soares
O deputado Eduardo Braide (PMN) defendeu, na sessão desta segunda-feira (30), que a situação das escolas municipais e dos professores de São Luís precisa ser resolvida com urgência para evitar mais prejuízos à comunidade escolar.
“Ouvi a reivindicação das mães de alunos da  Unidade de Educação Básica (UEB) Pedro Marcosine Bertol. Já no estúdio ouvi o secretário municipal de Educação, Moacir Feitosa, dizer – ao vivo – que ‘o TAC entre a Prefeitura e o Ministério Público assinado em 2014 para a reforma de 54 escolas municipais estava adormecido na Semed’. Essa é maior prova que a greve não foi deflagrada só por questões salariais, mas também pelas más condições nas escolas públicas, a que são submetidos alunos e professores”, destacou o parlamentar durante entrevista à Rádio Mirante AM.
“Não podemos admitir que o mesmo impasse entre a Prefeitura e os professores acabem atrapalhando mais uma vez os alunos de nossa cidade, a exemplo do aconteceu em 2014, quando a greve dos professores durou mais de 100 dias, sem qualquer solução e até hoje causando prejuízo na grade curricular dos estudantes, uma vez que a Lei de Diretrizes e Bases determina o mínimo de 200 dias/aula por ano. Por isso, o problema não é só a questão financeira”, disse Braide.
Ao encerrar seu discurso, o deputado Eduardo Braide cobrou uma postura mais firme do prefeito de São Luís para tratar da greve na rede pública de ensino.
“Uma vez que as tratativas do secretário municipal de Educação não conseguiram evitar a greve – direito legítimo dos professores – é preciso que o prefeito Edivaldo Holanda Júnior chame para si a responsabilidade de solucionar esse problema que tem deixado mais de 85 mil alunos sem aulas na capital. Além disso, nenhum professor tem interesse na greve, uma vez que terá que repor as aulas em um período que deveria ser de descanso. Portanto, faço o apelo para que o prefeito chame uma comissão dos professores e inicie o mais rápido possível a negociação com os educadores”, finalizou.

O QUE FLÁVIO DINO FEZ DE POSITIVO NESSES 17 MESES DE GESTÃO?


Por: Caio Hostílio 
Nesses 17 meses ficaram evidenciados dois fatores preponderantes na gestão “Flávio Dino”: o primeiro foi de imediata perseguição aos seus opositores, isso através da secretaria da transparência, que deveria sido criada para atuar contra as diversas ilicitudes cometidas nos diversos órgãos da atual gestão. O segundo foi o desmonte por completo do sistema de saúde, do aparelho de segurança pública, da infreestrutura, na geração de emprego e renda e, principalmente, da educação.
A gestão Flávio Dino não conseguiu melhorar esses setores importantes para promover o bem-estar dos maranhenses. Apenas conseguiu desfazer tudo que vinha tendo progressões.
A gestão Flávio Dino se restringe a propagandas, cujos temas não condizem com a realidade, haja vista que não foi sua gestão que construiu os hospitais alardeados, visto que todos eles já estavam praticamente construídos e equipados, como os de Pinheiro, Caxias e Santa Inês, sendo que esse último até hoje não foi entregue.
Não foi no governo Flávio Dino que os professores conseguiram a aprovação do Estatuto do Magistério. Esse feito foi do ex-governo. Por outro lado, o que se vê é a falta de respeito com o piso nacional dos professores, além da falta de compromisso com a formação continuada e até mesmo com a progressão.
Na Segurança Publica é visto diversos problemas crônicos, mas o que se espera é a promessa de campanha de Flávio Dino quanto a PEC 300 estadual.
A falta de compromisso com as obras é outro fato visto a olho nu, mostrando, com isso, que sua pasta de infraestrutura é uma falácia.
O Maranhão está entre os estados que perdeu o maior número de empregos com carteira assinada, coisa que mostra a falta de perspectiva da gestão Flávio Dino com a atração de investimentos e na geração de emprego e renda.
Quanto aos recursos do BNDES, ninguém sabe como estão sendo aplicados, visto que transparência passa longe da gestão Flávio Dino.

ROBERTO ROCHA JÚNIOR DIZ QUE BIRA DO PINDARÉ PODERÁ SER O CANDIDATO DO PSB EM 2016

O vereador disse ainda que o deputado Bira do Pindaré, e os defensores da sua candidatura a prefeito de São Luis, têm a tarefa de convencer o conjunto do partido que ele, Bira, é a melhor opção para os interesses da população da cidade e para os projetos políticos locais e nacionais do PSB.

Por: Robert Lobato
A política tem uma dinâmica própria que surpreende a lógica dos fatos. Aliás, nem poderia ser diferente até porque a lógica da política é tipo aquela da cantiga de Roberto Carlos que diz: “Tudo certo como dois e dois são cinco ♫ ♫.
É justamente por essa realidade “lógica” do processo político, que engana-se quem pensa que o deputado estadual Bira do Pindaré (PSB) esteja “morto e sepultado” quanto ao processo eleitoral para prefeito de São Luis neste ano.
Em conversa com o Blog do Robert Lobato, o presidente municipal do PSB, vereador Roberto Rocha Júnior, foi categórico ao afirmar que ainda não está nada decido no território socialista sobre a posição do partido na capital.
“O nosso projeto à frente do partido é examinar dentre todas as alternativas, qual delas será a melhor para a cidade e para o PSB. Dentre elas, tem a possibilidade da candidatura própria. O Bira é um dos pré-candidatos. Existe sim a possibilidade de existir um consenso dentro do partido pela candidatura do deputado. Mas nada está definido ainda”, disse.
O vereador disse ainda que o deputado Bira do Pindaré, e os defensores da sua candidatura a prefeito de São Luis, têm a tarefa de convencer o conjunto do partido que ele, Bira, é a melhor opção para os interesses da população da cidade e para os projetos políticos locais e nacionais do PSB.
“Os apoiadores de Bira e o próprio deputado têm que convencer o conjunto do partido que a candidatura dele a melhor opção para a cidade e para os projetos políticos locais e nacionais do PSB. Uma tarefa que não é muito fácil, mas estamos aberto a esse convencimento”, assegurou.
Provocado pelo Blog do Robert Lobato sobre se o senador Roberto Rocha, pai do vereador, é o candidato do PSB a governador em 2018, Roberto Júnior deu um belo “zignal” neste blogueiro.
“Ainda não conseguimos definir nosso candidato para 2016 quanto mais para 2018. E quando falo ‘nosso candidato’ não é que tenha de ser do PSB, necessariamente  Uma coligação ainda é uma alternativa e serve tanto para 16 quanto para 18”, desconversou.
Tá aprendendo o jovem político, não?

PGJ: LUIZ GONZAGA E SUAS CONTRADIÇÕES

gonzagaPor: Gilberto Léda
O novo procurador-geral de Justiça do Maranhão, Luiz Gonzaga Martins Coelho, firmou no início do mês de maio um pacto com todos os colegas que disputavam com ele a vaga de titular da PGJ: se não fosse o primeiro colocado na eleição, apoiaria a nomeação do mais votado.
O documento acima, assinado no dia 9 de maio, uma semana antes do pleito, é claro. Nele, Gonzaga diz assumir “o firme e inarredável compromisso em pleno apoio à nomeação do candidato mais votado”, caso ele próprio não fosse o primeiro colocado.
Como ele, todos os demais integrantes da lista tríplice encamnhada ao governador Flávio Dino (PCdoB) assinaram um termo de compromisso igual a esse.
Ao se abrirem as urnas, Luiz Gonzaga apareceu em segundo lugar, com 183 votos – Augusto Cutrim conseguiu 212.
Na tarde de ontem (30) Gonzaga foi nomeado procurador-geral de Justiça.

PREFEITA DE LAGO DA PEDRA JÁ SE PREPARA PARA 2018 PERCORRENDO O MARANHÃO

É cada vez maior a consolidação da prefeita de Lago da Pedra como contraponto ao Governo do Estado; ela articula nos municípios e reúne lideranças para conversas sobre o atual momento do Maranhão

Maura Jorge parte para o Maranhão com base no que fez em Lago da Pedra
Maura Jorge parte para o Maranhão com base no que fez em Lago da Pedra
A semana passada foi marcada por forte especulação dos prováveis nomes que disputarão a eleições de 2018 como candidatos a Governo do Estado.
Enquanto alguns nomes estão limitados a Brasília, em virtude de seus mandatos, Maura Jorge faz seu trabalho de base.
Nos últimos meses, a prefeita de Lago da Pedra, visitou dezenas de cidades maranhenses, a convite de lideranças municipais; e estará presente nos principais palanques nestas eleições municipais.
A prefeita pretende estar prsente no maior número de municípos nestas eleições
A prefeita pretende estar prsente no maior número de municípos nestas eleições
Maura Jorge tem uma característica natural no corpo a corpo com a população:  simpatia e desenvoltura. Também se consolida pelo que tem a mostrar como gestora, após dois mandatos de prefeita.
E a própria classe política já a tem como opção para 2018.
É aguardar e conferir…

MÁRCIO JERRY PREPARA OFENSIVA CONTRA CANDIDATURA DO DEPUTADO WELLINGTON DO CURSO



Por: Diego Emir
Não é segredo que Márcio Jerry (PCdoB) não suporta o deputado estadual Wellington do Curso (PP). Tanto que em conversas entre os aliados e amigos, o secretário de Comunicação e Articulação Política quando vai fazer referência ao parlamentar só o chama de“deputado que só sabe contar a história da mãe”. No entanto, Wellington vem tirando o sono do Palácio dos Leões com a possibilidade real de se tornar o próximo prefeito de São Luís. Uma pesquisa encomendada por um aliado importante do governador Flávio Dino (PCdoB) prever o deputado estadual em segundo lugar, empatado tecnicamente com Eliziane Gama (PPS). Por isso a ordem é desconstruir o nome do proprietário do Curso Wellington.
De acordo com o estudo, que não foi registrado, mas serviu para analise e até tomada de decisões, mostrou que no atual momento, Wellington do Curso é o que representa maior perigo para a continuidade do sonho de poder dos comunistas na capital maranhense.
Edivaldo Holanda Júnior (PDT), está cada vez mais inviabilizado, rejeição alta e ainda “patinando” em um patamar que mantém em terceiro lugar. Mas os comunistas acreditam que com a estrutura da máquina administrativa tanto municipal quanto estadual vai ser possível coloca-lo ao menos no segundo turno e neste cenário, os palacianos já começam a querer enfrentar a deputada federal Eliziane Gama.
wellington2014
As pesquisas apontam que Wellington do Curso tá se tornando um fenômeno imprevisível e que ainda não existe um teto de voto para prever até quanto ele pode chegar. Uma vez que ele vem representando os anseios da população: um nome sem vínculos políticos, sem tradição com envolvimento grupos oligárquicos ou comunistas e alguém que está próximo do povo. 

Diante desse cenário, a imprensa alinhada ao Palácio dos Leões vai trabalhar em conjunto para tentar “plantar” informações falsas contra o deputado estadual. Até atingir a honra e baixar o nível para questões pessoais envolvendo Wellington estão previstas no projeto de desconstrução. Os comandantes da Comunicação do governo já deram o recado e disseram que não estão de brincadeira.
Na avaliação do governador Flávio Dino e os demais, vai ser muito mais fácil manter uma relação diplomática com Eliziane Gama no poder do que Wellington do Curso. Fora que existe também uma questão de preconceito, os aristocratas comunistas não suportam que homem humilde e com a história que Wellington possui e vive a repetir, chegue ao comando do Palácio de La Ravardiere, sempre gerido por nomes tradicionais da sociedade maranhense.
A questão é que a artilharia pesada contra Wellington pode acabar fortalecendo o deputado estadual e o colocando na liderança de uma corrida eleitoral que até então é totalmente desfavorável ao Palácio dos Leões. Afinal são os próprios estatísticos e especialistas em marketing política que orientam: quem se distanciar do governador Flávio Dino (PCdoB), tem mais chances de vitória.

POPULAÇÃO DE IMPERATRIZ ESTÁ INDECISA E 50% NÃO SABEM EM QUEM VOTAR PARA PREFEITO

Imperatriz: Quase 50% dos eleitores não sabem em quem votar para prefeito

Por: Yuri Almeida

Pesquisa realizada pelo Instituto Escutec entre os dias 20 e 22 de maio mostra que 45,7% dos eleitores de Imperatriz ainda não sabem em que irão votar para prefeito da cidade em outubro próximo.

De acordo com os números do levantamento, dos poucos mais de 54% dos eleitores que manifestaram espontaneamente – quando o eleitor aponta sem lista prévia o seu candidato majoritário – o ex-prefeito Ildon Marques (PSB) lidera o cenário com 18,8% das intenções de votos, contra 11,3% do delegado Assis Ramos (PMDB); 11,2% de Rosângela Curado (PDT); 8,0% de Marco Aurélio (PCdoB); 3,3% de Davizinho (PR); 1,3% do Pastor Porto (PPS) e 0,3% de Daniel Souza (PSDB).

Outros 44,7% do eleitorado não respondeu e 1,0% afirmou que não votará em nenhum dos pré-candidatos.

A consulta, do tipo quantitativa, foi registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MA-0086/2016 e ouviu um universo de 600 pessoas.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

FLÁVIO DINO VAI NA CONTRA MÃO E NOMEIA SEGUNDO LUGAR NA LISTA TRÍPLICE PARA A CHEFIA DA PGJ


Luiz Gonzaga terá, dentre outras funções, o poder de decidir se pede ou não ao TJ-MA autorização para investigar os deputados Andrea Murad e Sousa Neto

O novo chefe da Procuradoria Geral de Justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, durante a votação para o comando da PGJ
O novo chefe da Procuradoria Geral de Justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho, durante a votação para o comando da PGJ
Por: Yuri Almeida

O governador Flávio Dino (PCdoB) decidiu, nesta segunda-feira 30, nomear o segundo colocado na lista tríplice do Ministério Público para ocupar o cargo de procurador-geral de Justiça do Estado, para o biênio 2016/2018. Luís Gonzaga Martins Coelho recebeu 183 votos na eleição entre procuradores e promotores, 29 a menos que o primeiro colocado, José Augusto Cutrim Gomes.

Embora o chefe do Executivo tenha a prerrogativa de nomear para a chefia da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) qualquer um dos três nomes da lista, era esperado que o mais votado fosse escolhido.Em entrevista ao ATUAL7, o próprio promotor Augusto Cutrim declarou acreditar que Dino, “em respeito a campanha nacional em favor da democracia”, fosse nomeá-lo. 

“Estamos aguardando a posição do governador como democrata que é, na espera que ele escolha o mais votado, em respeito a campanha nacional em favor da democracia. Acredito que ele vá decidir pelo mais votado, principalmente por ser um homem justo e que respeita a democracia”, afirmou.

Contudo, logo depois da eleição interna, realizada no último dia 16, Flávio Dino já havia iniciado as articulações em favor de Luiz Gonzaga, como forma de reverter a derrota sofrida no pleito. O governador esperava que o promotor Marco Aurélio Barros, seu colega de classe no antigo Maristas e na Universidade Federal do Maranhão (Ufma), conseguisse a proeza de aparecer na lista tríplice, mas Barros acabou a eleição como o menos votado, ficando na quarta colocação com apenas 126 votos.

Bastidores

O ATUAL7 já havia revelado há duas semanas que o governador do Maranhão travava uma queda de braço com seu secretário de Comunicação e Articulação Política, Márcio Jerry Barroso. Enquanto Dino trabalhava pela indicação de Gonzaga, Jerry insistia para que o governador nomeasse Augusto Cutrim, por ter sido ele o mais votado.

Flávio Dino levou 14 dias, desde que recebeu a lista tríplice, para escolher o novo mandatário do MP maranhense. O prazo máximo era de 15 dias. A demora na escolha ocorreu porque o governador ainda não havia encontrado uma boa desculpa para nomear Gonzaga sem se indispor com os procuradores e promotores do Maranhão. A justificava encontrada por Dino, e declarada por ele nas redes sociais, é a de que foi considerada “a importante ênfase atribuída pelo promotor Gonzaga ao combate à corrupção e à luta jurídica em favor de uma educação melhor”.

Como novo chefe da PGJ, Luiz Gonzaga terá a responsabilidade de, dentre outras funções, decidir se pede ou não ao Tribunal de Justiça do Maranhão autorização para investigar os deputados de oposição ao governo, Andrea Murad (PMDB) e Sousa Neto (Pros).

Ontem 29, o ATUAL7 revelou que a Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (Seccor), vinculada a Polícia Civil, pediu ao TJ-MA autorização para iniciar uma investigação contra os dois parlamentares, mas o pedido foi negado pelo pleno da Corte por falta de competência da Seccor para investigar supostas condutas ilícitas atribuídas a autoridades que possuem foro por prerrogativa de função.

ONDE ESTÁ O GOVERNO DO ESTADO QUE NÃO INTERVEM NA EDUCAÇÃO DE SANTO AMARO QUE ESTÁ ENTREGUE AO DESCASO

escola


Por: Caio Hostílio
Assistam ao vídeo!!! O governador Flávio Dino disse em sua campanha que iria acabar com as escolas de taipa pelo Maranhão afora. Esse blog cansou em dizer que isso não seria possível, visto que a gestão estadual não poderia mudar a realidade nos municípios, haja vista que suas gestões são independentes, porém acreditaram na promessa mirabolante de Flávio Dino. O certo é que vieram à tona as mazelas, como já vieram as falácias em Bom Jardim, Codó, Barreirinhas etc. Agora, veio esse vídeo que mostra toda a irresponsabilidade com a educação em Santo Amaro. Leiam o relato abaixo:
Não é só em Barreirinhas que existe o descaso com a educação. Escola localizada no povoado Betanha Município de Santo Amaro do Maranhão, a escola José Sarney é um caso de total descaso com a educação… A denúncia é com a administração da Prefeita Luziane Lopes Rodrigues Lisboa.

HOJE MÉDICO COBRA RESPEITO A FLÁVIO DINO COM A CATEGORIA APÓS TER FEITO CAMPANHA PARA O GOVERNADOR

Dr. Alan, médico que era um dos maiores entusiastas da campanha comunista do então candidato a governador, Flávio Dino, pelo visto, se arrependeu de ser um dos colaboradores da campanha vitoriosa.
No vídeo abaixo, o médico exige do governador mais respeito para com sua categoria que vem recebendo salários com atrasos, além de falta de condições de trabalho.
Veja o vídeo do desabafo do dr. Alan:

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DEPUTADOS VÃO ATÉ O BNDS PARA ENTENDER OS EMPRÉSTIMOS REALIZADOS POR FLÁVIO DINO

Por: Gilberto Léda
Uma comitiva de deputados do Maranhão estará hoje (30) no BNDES, no Rio de Janeiro, em busca de informações sobre os recentes empréstimos contraídos pelo Governo do Estado na instituição financeira.O deputado federal Hildo Rocha (PMDB) e os estaduais Edilazio Junior (PV), Andrea Murad (PMDB) e Léo Cunha (PSC) já conformaram presença.
Segundo Rocha, há informações sobre mudanças do plano de investimento dos recursos emprestados – da ordem de R$ 4 bilhões.
Ele reclama da falta de transparência do governo Flávio Dino (PCdoB), o que motivou o pedido de audiência no banco.
“soubemos que mudaram o programa que está sendo financiado com aqueles recursos, mas não existe transparência pois os deputados, a quem cabe fiscalizar os recursos, não conhecem a programação em execução, além do que várias obras encontram-se paralisadas e outras em ritmo muito lento”, disse o peemedebista ao Blog do Gilberto Léda.
Segundo ele, o objetivo é saber quais foram as alterações na programação inicial e os motivos das paralisações e lentidões de diversas obras “já que o estado não as divulga”.

AMANHÃ É O ÚLTIMO DIA PARA FLÁVIO DINO ESCOLHER O PROCURADOR GERAL DO MP

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Como o Blog já havia afirmado anteriormente, a demora na escolha do novo procurador geral de justiça do Ministério Público do Maranhão por Flávio Dino é apenas mais uma prova in conteste da derrota que o governador sofreu na eleição do MP (reveja).
A lista tríplice do MP foi encaminhada ao governador sem o nome do candidato preferido de Flávio Dino, o promotor Marco Aurélio Batista que terminou a eleição na quarta colocação.
Entretanto, o prazo para a indicação de Flávio Dino termina nesta terça-feira (31), pois no dia 16 de maio, o Ministério Público encaminhou a lista tríplice ao governador (reveja). Na lista encaminhada aparecem os nomes dos promotores José Augusto Cutrim Gomes (212 votos), Luís Gonzaga Martins Coelho (183 votos) e Justino da Silva Guimarães (146 votos).
Flávio Dino tem nitidamente relutado em escolher o nome do novo procurador geral de justiça do MP e pode até mesmo nem escolher. Se a decisão de Flávio Dino for pela omissão, prevalecerá o candidato mais votado, ou seja, o novo procurador será José Augusto Cutrim Gomes, o nome preferido pela maioria dos membros do Ministério Público.
É aguardar e conferir.

ELIZIANE GAMA SE ARTICULA E INTENSIFICA APROXIMAÇÃO COM O PSB

Após garantir o apoio do PSDB, candidata do PPS a prefeita de São Luís conta com o apoio dos tucanos para garantir também os socialistas em seu palanque

Roberto Rocha e Eliziane gama: as articulações começaram ainda em 2014
Roberto Rocha e Eliziane gama: as articulações começaram ainda em 2014
Por: Marco D'eça

Consolidada como candidata do PSDB a prefeita de São Luís – os tucanos têm a prerrogativa de indicar o vice – a deputada federal Eliziane Gama (PPS) já mira outra articulação: ter também o PSB em seu palanque..
E para isso, a candidata do PPS conta com o auxílio dos próprios tucanos.
presidente do PSDB na capital maranhense, o ex-deputado Pinto Itamaraty é suplente do senador Roberto Rocha, principal liderança do PSB.
Rocha demonstra simpatia pela candidatura de Eliziane – e a tem como estratégica para o seu próprio projeto pessoal, de 2018 – e só precisa equacionar algumas questões internas em seu partido para consolidar a aliança.
Uma coligação PSDB/PPS/PSB faz parte de um projeto nacional das três legendas, que inclui também a Rede Sustentabilidade, da ex-ministra Marina Silva.
Nos próximos dias, Eliziane Gama vai intensificar as conversas não só com Roberto Rocha, mas também com as demais lideranças do PSB.
E espera consolidar a aliança antes das convenções de julho.
É aguardar e conferir…

STF ESTÁ ENVOLVIDO NO GOLPE DIZ PROFESSOR DA UNB

“Acho que o STF está envolvido neste processo, pois está muito parcial. Ele tem tomado medidas que, às vezes, são muito duras para setores do governo e muito parcimoniosas, lenientes e favoráveis a grupos pertencentes à política tradicional brasileira. Além disso, o STF tem se manifestado e prejulgado casos que ainda vai avaliar”, analisa Marcelo da Costa Pinto Neves, professor titular de Direito Público da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília
Por Marco Weissheimer, do Sul21
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Em dezembro de 2015, Marcelo da Costa Pinto Neves, Professor Titular de Direito Público da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília e Visiting Scholar da Faculdade de Direito da Universidade de Yale (EUA), divulgou um parecer classificando o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, acolhido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), como “inconsistente e frágil, baseando-se em impressões subjetivas e alegações vagas”. “Os denunciantes e o receptor da denúncia”, disse ainda o constitucionalista, “estão orientados não em argumentos jurídicos seguros e sustentáveis, mas sim em avaliações parciais, de caráter partidário ou espírito de facção”. “Denunciantes e receptor afastam-se não apenas da ética da responsabilidade, mas também de qualquer ética do juízo, atuando por impulsos da parcialidade, do partidarismo e da ideologia, em prejuízo do povo brasileiro”, acrescentou.
Passados cerca de seis meses, a abertura do processo de impeachment foi aprovada na Câmara e o mesmo encontra-se atualmente tramitando no Senado, com o afastamento da presidenta Dilma por um período de até seis meses. Enquanto isso, o vice Michel Temer assumiu o governo, trocando não só todo o ministério e escalões intermediários do governo, mas também o programa do governo eleito pelas urnas em 2014. Impeachment ou golpe? Em entrevista ao Sul21, Marcelo Neves não tem dúvidas em apontar a segunda opção. “É um golpe fundado numa ideologia, numa criação ilusória de que se está atuando de acordo com a Constituição, quando, na verdade, está se atuando para corroer a Constituição, prejudicando o funcionamento normal da ordem constitucional”, afirma o professor da UnB. Para ele, o processo golpista envolve parlamentares, o TCU, a grande mídia e o Judiciário, incluindo o próprio Supremo Tribunal Federal que, em tese, deveria zelar pelo cumprimento da Constituição:
“Acho que o STF está envolvido neste processo, pois está muito parcial. Ele tem tomado medidas que, às vezes, são muito duras para setores do governo e muito parcimoniosas, lenientes e favoráveis a grupos pertencentes à política tradicional brasileira. Além disso, o STF tem se manifestado e prejulgado casos que ainda vai avaliar”.
Sul21: O senhor é autor de um parecer, divulgado em dezembro de 2015, que classificou o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff como frágil e inconsistente. Passados quase seis meses da divulgação desse parecer e com o processo de impeachment já tramitando no Senado, como definiria a situação política que estamos vivendo hoje no país?
Marcelo Neves: A situação do impeachment foi uma criação para destituir a presidente que não tem nenhum fundamento. Toda a estrutura desse processo configura o que tem se chamado de golpe, um golpe parlamentar com a ajuda do Judiciário e da grande mídia, que não tem nada a ver com a prática de crime de responsabilidade pela presidente da República. Há vários elementos que apontam no sentido oposto. O afastamento da presidente tem a ver, principalmente, com a tentativa de abafar as investigações para que elas não atingissem certos políticos hegemônicos da tradição brasileira. Recentes gravações mostram que a presidente vinha permitindo as investigações sem interferência, deixando o Ministério Público e a Polícia Federal com autonomia para atuar. A questão é que isso incomodava muitos grupos. Um ponto fundamental foi esse.
Outro, evidentemente, é que as políticas sociais incomodavam grupos tradicionais das elites brasileiras. Esses foram os elementos fundamentais. Crise econômica, nós já passamos mais graves no governo Sarney e no governo Fernando Henrique. Isso não justificou o impeachment desses presidentes porque, no presidencialismo, uma política econômica frágil e mal conduzida em certo momento não é suficiente para a destituição do chefe de governo. Isso ocorre no sistema parlamentarista.
As chamadas pedaladas fiscais não configuram caso de crime de responsabilidade. Já existem muitos estudos sobre isso. Além disso, essas pedaladas foram praticadas abundantemente antes pelo próprio presidente Fernando Henrique Cardoso, que abusou de decretos para a abertura de créditos suplementares. Na época, o Tribunal de Contas da União só encaminhava recomendações para que as contas fossem saneadas. Nunca houve sequer reprovação das contas, quanto mais um impeachment que implica crime de responsabilidade. Então, o TCU também está envolvido nesta trama, na construção deste casuísmo para enfraquecer a presidente e permitir esse impeachment que, na verdade, fere a Constituição porque a tipificação do crime de responsabilidade inexiste.
No presidencialismo, a destituição de um presidente exige que se caracterize o crime de responsabilidade ou o crime comum, que iria para o Supremo. Mas não há caracterização de crime comum nem de crime de responsabilidade. Então, o que vem se dizendo sobre o golpe justifica-se amplamente.
Sul21O senhor concorda, então, que estamos vivendo um golpe em curso ou mesmo já efetivado?
Marcelo Neves: Sim, é um golpe que está em curso e que pode se consumar. Não é um golpe clássico, no sentido estrito do termo, com o emprego de violência. É um golpe fundado numa ideologia, numa criação ilusória de que se está atuando de acordo com a Constituição, quando, na verdade, está se atuando para corroer a Constituição, prejudicando o funcionamento normal da ordem constitucional.
Sul21Quais são as possíveis consequências dessa quebra da ordem constitucional para a vida do país no médio e longo prazo?
Marcelo Neves: O que pode ocorrer, caso se consume um abuso desse tipo, é termos sempre um perigo pairando sobre qualquer governo contrário aos interesses das elites dominantes. Esse governo não vai conseguir se manter no poder, pois sempre se poderá recorrer a esse precedente. O grande perigo é que essa prática se torne uma rotina na nossa vida política, tendo como alvo presidentes que tenham uma postura transformadora, vinculada a movimentos populares. Isso cria mais instabilidade inconstitucional no país.
Sul21O senhor mencionou a participação do Judiciário neste processo de construção do golpe, juntamente com parlamentares e a grande mídia. O STF, que é a nossa última trincheira constitucional, também foi arrastado para essa crise ou está envolvido ativamente nela. Qual sua avaliação sobre a conduta do STF neste processo do golpe?
Marcel Neves: Acho que o STF está envolvido neste processo, pois está muito parcial. Ele tem tomado medidas que, às vezes, são muito duras para setores do governo e muito parcimoniosas, lenientes e favoráveis a grupos pertencentes à política tradicional brasileira. Além disso, o STF tem se manifestado e prejulgado casos que ainda vai avaliar. Isso tem acontecido com vários ministros, como Gilmar Mendes, Celso de Mello e Carmen Lucia, que se manifestaram dizendo que o que está acontecendo não é golpe. Estão se manifestando sobre algo que eles podem ter que vir a julgar. Isso fere todas as normas de imparcialidade. Eles não poderiam se manifestar sobre o assunto exatamente porque eles poderão ter que julgar se há vícios no processo do impeachment. Eles estão prejulgando ao falar antecipadamente. Isso poderia, em certos casos mais graves, levar até mesmo ao impeachment de um ministro do Supremo se a gente estivesse atuando, realmente, de acordo com as regras do Estado de Direito.
Sul21Considerando que o STF é o guardião da Constituição, a quem a sociedade pode recorrer quando ocorre uma quebra da ordem constitucional e aquele que deveria ser o principal defensor do Estado de Direito se comporta dessa maneira?
Marcelo Neves: Acho que aí vamos precisar dos movimentos populares. Isso tem que vir mais de baixo. A mobilização popular pode pressionar e provocar uma modificação da situação atual e reorientar algumas posições. Como a coisa está ficando tão descarada com as recentes gravações, isso também vai aumentando o constrangimento dos poderes públicos. É possível que até mesmo o Supremo se veja constrangido a mudar suas posições e ser mais rigoroso com esses grupos de elites tradicionais, em relação aos quais eles não tomam nenhuma providência em processos que duram de cinco a dez anos. Políticos como Sarney e Renan tem um poder muito grande no Judiciário porque eles definem normalmente quem entra lá. Você não pode ir para o Supremo sem beijar a mão de Sarney. Isso torna muito difícil esses ministros fazerem alguma coisa contra esses políticos que controlam as nomeações para os altos postos do Judiciário.
Toda a estrutura está corrompida. O Judiciário também está corrompido, neste sentido. Agora, a natureza das gravações que estão surgindo pode aumentar o constrangimento desses poderes e, em certo momento, inverter o jogo, pois pode ficar mais difícil justificar certas decisões.
Sul21Há alguns dias, o senhor advertiu para o risco do surgimento de um Estado policial no Brasil em função do perfil de Alexandre de Moraes, novo ministro da Justiça de Michel Temer. Qual a dimensão desta ameaça, na sua opinião?
Marcelo Neves: O perfil do atual ministro da Justiça é um perfil muito mais de repressão. A ligação dele com os cargos públicos sempre foi ligada à dimensão repressiva e nunca à dimensão dos direitos. Então, evidentemente, vai haver uma fragilização dessa dimensão dos direitos e uma ênfase na repressão. Isso já foi dito explicitamente e está registrado em gravações. Em uma delas, o ex-ministro do Planejamento, Romero Jucá, disse que já tinha falado com os militares para reprimir o MST. Ou seja, há toda uma ordenação de um aparelho repressivo mais eficiente contra os movimentos sociais. Não há pessoa com perfil mais adequado à essa orientação do que o atual ministro.
Sul21Na sua avaliação, a Constituição de 1988 deixou alguma fragilidade institucional que está ajudando a desestabilizar a relação entre os poderes e a própria democracia brasileira?
Marcelo Neves: Acho que o problema básico não é a Constituição como texto elaborado. A Constituição sempre deixa um campo aberto para as práticas constitucionais. O problema é a forma como ela foi construída. É claro que é possível pensar novos mecanismos de participação como, por exemplo, para a escolha de ministros do Supremo. Mas isso, me parece, não é o mais importante. O que é mais importante está ligado à prática de funcionamento das instituições. Em um país onde existem algumas pessoas muito privilegiadas, que eu chamo de sobrecidadãos, que estão acima da lei, e uma massa de pessoas, que eu chamo de subintegrados ou subcidadãos, que não têm acesso aos direitos básicos, é muito fácil para os primeiros manipular a Constituição. Então, eu penso que é mais o momento da realização, da prática, que acaba deformando a Constituição.
O modelo americano de escolha é muito parecido com o nosso, mas o Senado tem um papel muito sério. Quando um ministro é indicado pelo presidente para assumir a Suprema Corte americana, professores e especialistas são convidados para avaliar esse nome. Há um amplo debate público e funciona relativamente bem. No Brasil, essa indicação virou apenas um jogo particulatista de esquemas políticos para colocar uma pessoa que vai corresponder não a uma determinada visão de mundo, mas sim a determinados particularismos de grupos. Aí, realmente, a deformação e a deturpação da Constituição se tornam o problema mais grave no nosso caso.
Sul21O “ativismo jurídico” tornou-se uma expressão muito repetida hoje no debate político e jurídico brasileiro. Qual sua avaliação sobre o sentido dessa expressão?
Marcelo Neves: Esse ativismo judicial que seria uma tendência à judicialização da política tem sido entendido como se o Direito se ampliasse no campo político. Essa é uma interpretação um pouco infeliz porque, na verdade, em grande parte o que há é uma politização do judiciário. Não é que o Judiciário, com critérios jurídicos, se amplia e se torna forte para controlar o poder político. No caso brasileiro, há uma dimensão mais grave neste fenômeno: o Judiciário é politizado e acaba se vinculando aos interesses de grupos políticos. Isso é muito mais grave e representa uma ameaça para o próprio funcionamento da democracia. São pessoas com poder vitalício, adquirido sem eleição e sem periodicidade, podando e prejudicando o funcionamento do processo democrático.
Sul21O senhor defende a possibilidade de eleição no Poder Judiciário?
Marcelo Neves: Não. Acho que isso seria problemático. O que defendo é que o Judiciário reconheça as suas funções e seus limites, ficando ligado à Constituição e aos critérios constitucionais. Em alguns países como a Suíça, em nível municipal, e os Estados Unidos, os juízes são eleitos pela comunidade. Acho que no Brasil isso seria um tanto catastrófico em função da forma pela qual o nosso sistema eleitoral é conduzido.
Foto de capa: Antônio Cruz/Agência Brasil

A ESQUERDA GANHA ESPAÇO PARA UMA CANDIDATURA MAJORITÁRIA EM SÃO LUÍS

Por: Diego Emir
Eliziane Gama (PPS), Edivaldo Holanda Júnior (PDT), Wellington do Curso (PP), Rose Sales (PMB) e Fábio Câmara (PMDB), esses são – até então – os principais candidatos à Prefeitura de São Luís e todos têm algo comum: nenhum deles representa de fato a esquerda. Mesmo que se acrescente Bentivi (PHS) e Eduardo Braide (PMN), a esquerda ainda vai estar carente de um candidato. Surgiu então uma oportunidade única, a criação de uma frente legítima de esquerda para entrar na disputa municipal e esta obrigatoriamente tem de ser encabeçada pelo PT e PSOL
Honorato, hoje é o nome do PT mais próximo da população ludovicense. Possui condições de disputar a Prefeitura e representar a esquerda
Vale lembrar que residia em Bira do Pindaré (PSB), a esperança da esquerda ter um nome na corrida eleitoral na capital maranhense. Mas já ficou claro que o deputado estadual não terá chance nenhuma de disputar o cargo, uma vez que sob controle do senador Roberto Rocha, o partido deve fazer uma aliança com Eliziane Gama.
Ex-presidente da OAB, Mário Macieira, é um dos nomes mais qualificados da esquerda para entrar no debate
Diante desse cenário, o Partido dos Trabalhadores precisa entender que a necessidade de uma candidatura própria em São Luís não é uma opção, mas sim uma obrigação. O PT vive a necessidade de passar por um processo de reconstrução, por isso concorrer ao cargo de prefeito nas capitais é extremamente necessário para construir esse discurso e por no debate a sua ideologia.Outros partidos como PDT e PCdoB que vem se postando à esquerda, não possuem nenhum compromisso com a ideologia na capital maranhense, ambos estão aliançados em torno do projeto de Edivaldo Holanda Júnior, que só declarou apoio a presidente Dilma por interesses políticos. No entanto, após a eleição, a única coisa que fez foi não abrir o dialogo com o PT.
Uma candidatura de esquerda precisa atacar, de modo explícito e decidido, o atual modelo de gestão subordinado aos interesses de grandes grupos privados que está sendo imposto no país e em São Luís. A defesa do direito à cidade, a serviços e bens públicos que permitam condições dignas de vida para a população devem seguir como norte.
Com bom desempenho em 2014 na disputa para governador, o advogado Luís Pedrosa vem se destacando e mostrando que pode ser uma opção da esquerda
Atualmente, o PT e o PSOL são únicos que tem condições de oferecer nomes suficientes que possam nortear esse debate. O vereador Honorato Fernandes (PT), o deputado estadual Zé Inácio (PT) e os advogados Mário Macieira (PT) e Luís Antônio Pedrosa (PSOL), podem ser os grandes representantes da esquerda em São Luís.
PT e PSOL estão diante de uma oportunidade única. Momento em que a democracia demonstra fragilidade, a esquerda pode mostrar que está viva e combativa. Os dois partidos precisam aparar as arestas e juntos construírem uma pauta programática para São Luís, a capital maranhense precisa desse debate.
zeinaciooo
O único deputado estadual do PT, Zé Inácio, surge como possibilidade para representar o partido e a esquerda na disputa da capital
Nesse cenário ainda é possível incluir o PCB, que vem desenvolvendo papel importante ao lado do PSOL nas últimas eleições. E se o PSTU tivesse amadurecimento necessário, mais esse poderia ser incluído no processo.
É necessário frisar que caso ocorra essa união, a candidatura de esquerda em São Luís pode ir muito mais além de um papel figurativo, uma vez que mais de 18% da população ludovicense ainda está indecisa em quem vai votar e outros 8% que eram de Bira, podem acabar sendo transferidos para um novo nome posto na disputa. Esses são dados da pesquisa Escutec divulgada no dia 11 de abril sob o número MA-01393/2016.