Líderes de greve da PM e da Educação no Maranhão fazem campanhas milionárias
Na hora de pedir o voto, uma das principais estratégias dos candidatos/grevistas é anunciar a luta em nome da categoria
Por Atual 7
Líderes de greves da Polícia Militar (PM) do Estado Maranhão e dos professores da rede pública de ensino estadual nos últimos anos, os candidatos Coronel Melo (PSD), Soldado Dauvane (PP) e Professor Júlio Pinheiro (PCdoB), pretendem gastar, juntos, R$ 4,5 milhões com as campanhas eleitorais e apostam nos votos dos colegas de farda e de lousa para chegarem à Assembleia Legislativa do Estado. Todos são ligados ao candidato da oposição comunista, Flávio Dino.
O levantamento foi feito pelo ATUAL7 em dados disponíveis no sistema de divulgação de candidaturas para este pleito, o DivulgaCand 2014, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Coronel Melo
No comando da paralisação paredista da PM/MA, realizada em março deste ano, que atingiu São Luís e as cidades de Bacabal, Caxias, Imperatriz, Matões, Parnarama e Timon, Coronel Melo chegou a ser preso pelo comando da corporação no estacionamento da Câmara Municipal de São Luís, por transgredir a hierarquia e a disciplina. Em 2011, ele também liderou uma paralisação, a maior da corporação na história.Segundo dados da Justiça Eleitoral, o ex-comandante geral da Polícia Militar do Maranhão pretende gastar R$ 2 milhões na disputa por uma das 42 cadeiras do Legislativo Maranhense.
Soldado Dauvane
Líder da greve da PM/MA na região sul do Maranhão, com base na cidade de Imperatriz, Soldado Dauvane também é candidato à deputado estadual.Na época da paralisação, Dauvane chegou a usar o tempo de 20 minutos na Tribuna Popular na Câmara de Vereadores de Imperatriz, em busca de apoio dos parlamentes e da população pela manutenção do movimento paredista. No DivulgaCand, Soldado Dauvane informa que pretende gastar até R$ 500 mil com a campanha pela vaga na Assembleia.
Professor Júlio Pinheiro
Há anos no comando do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Maranhão (Sinproesemma) – de onde se licenciou pela eleição – e de greves em ano de eleição estadual, o professor Júlio Pinheiro informou à Justiça Eleitoral que vai gastar o total de R$ 2 milhões na disputa por um mandato de deputado.Dias após o fim da greve dos professores da rede pública de ensino do Estado – que não durou 30 dias, mas recebeu tratamento diferenciado, por parte de deputados de oposição, ao dado aos professores grevistas de São Luís e Imperatriz -, Júlio Pinheiro foi quem também comandou os protestos realizados em frente à Assembleia Legislativa, após encontro com o candidato ao governo estadual pelo mesmo partido, Flávio Dino, na sede do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur).