Alta tensão na Câmara! Bancada oposicionista denuncia farra de dinheiro na campanha de Humberto Coutinho e descaso da administração do município
Vereador Catulé
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O clima literalmente pegou fogo na sessão
desta segunda-feira (15) na Câmara Municipal de Caxias.
Logo no pequeno expediente os vereadores
Fábio Gentil e Taniery Cantalice puxaram o coro contra o governo.
“A escola do município do Brejinho está sem
professor de ciências há um bom tempo e a Secretaria de Educação não viabiliza
o professor, mas a irmã do Edval do Brejinho (cabo eleitoral do ex-prefeito
Humberto Coutinho) foi nomeada como diretora-adjunta”, revelou Taniery
que em seguida questionou: “como é que providenciam uma diretora-adjunta
enquanto falta um professor?”.
Em seguida, Fábio Gentil, embora enfrentando
uma árdua batalha como candidato a deputado estadual, fez questão de comparecer
na sessão desta segunda-feira e protestou contra a atual administração.
“Por onde andamos constatamos uma só realidade:
a saúde está mal, a educação também”, iniciou Fábio que após várias criticas
dirigidas ao prefeito Léo Coutinho, disse que “ele não ama a cidade”. “E
como ele não ama a cidade em que vive, não tem compromisso com o nosso povo”,
continuou o parlamentar oposicionista que chegou a avaliar que o prefeito “só pode
ter é ódio do povo”.
Ao contrário do caos administrativo da
cidade, Fábio disse que a campanha de Humberto Coutinho é milionária.
“Eles deveriam usar esse dinheiro era com
melhorias para a população”, sugeriu Gentil.
Benvinda Almeida falou em seguida e relatou
suas andanças em alguns povoados da cidade. “Vi a situação de precariedade de
postos de saúde e de escolas da zona rural e encontrei no povoado Piaçaba uma
situação de calamidade, pois a escola do município mais parece um chiqueiro de
porco”, denunciou a vereadora que abordou também as péssimas condições
de postos de saúde.
Primeiro orador a usar a tribuna, Catulé
estava em noite inspirada e abriu seu discurso dizendo que “Caxias
enfrenta a campanha eleitoral mais agressiva dos últimos anos”.
A mobilização de funcionários municipais em
atividades de campanha dos candidatos do grupo Coutinho foi denunciada pelo
vereador oposicionista.
“O prefeito manda fechar repartição em plena segunda-feira
para que os funcionários participem de caminhadas e carreatas dos seus
candidatos”, revelou Catulé denunciando também que “funcionários
do município são obrigados a colar cartazes nas suas casas e adesivar carros
com os candidatos do Palácio da Cidade”.
Catulé asseverou nas denúncias afirmando que o
prefeito faz terror com os funcionários, principalmente na zona rural, ao
cobrar empenho na eleição dos seus aliados. “Usam o poder para promover o
terror contra esses funcionários”, citou ele apontando os povoados
Engenho D’água, Nazaré do Bruno e Cabeceira dos Cavalos como os principais
locais onde isso está acontecendo.
Outra denúncia grave feita por Catulé foi a
destruição de material de campanha daqueles que estão lutando contra os
interesses dos atuais mandatários da cidade.
Diante do bombardeio dos oposicionistas, o
vereador Antonio Luis deu a seguinte declaração: “nosso prefeito melhorou a
performance”.
Em outro aparte ao discurso de Catulé, Fabio
Gentil fez um paralelo entre o aumento significativo dos empreendimentos da
família Coutinho e a chegada deles ao poder em Caxias.
“É incrível a relação do aumento da fortuna e
dos empreendimentos do grupo Coutinho e a chegada deles ao poder no município”,
apontou FG que citou o pai do prefeito de Caxias, “que não tinha nenhum
empreendimento na cidade antes de 2004 e hoje é o maior empresário da cidade e
um dos maiores do Maranhão”.
Mesmo em menor número, uma característica dos
oposicionistas na Câmara é de sempre defenderem o debate e o diálogo com os colegas
de situação, o que permite o aparte em todas as oportunidades que estão na
tribuna, o que não acontece com a maioria governista, que não permitem o
contraditório e não concedem intervenções nas suas falas.
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