Problemas nos transportes e greve dos professores há 100 dias: dá pra piorar?
Chegamos ao fim de mais uma semana com graves problemas verificados
em duas das principais pastas do governo de Edivaldo Holanda Júnior.
Governo que foi “vendido” à população há um ano e meio com a ambiciosa
promessa de “mudar São Luís”.
Se a promessa estivesse sendo cumprida, estaria sacramentada para o
bem a construção de uma nova cidade, certamente o cenário seria outro
bem melhor para o candidato ao Governo do Estado, Flávio Dino. Mas nem
os mais pessimistas imaginavam que estaríamos seguindo por um rumo tão
desgovernado e caótico.
Entramos agora em uma era de contagens, uma progressiva e outra
regressiva, de dois dos maiores gargalos do município: a Educação e o
Transporte. A contagem progressiva refere-se à greve dos professores que
completou 100 dias. São cem dias de docentes de braços cruzados. A
outra contagem – regressiva – começa dos 30. A contar de hoje a
prefeitura tem trinta dias para cumprir o TAC (Termo de Ajuste de
Conduta) do Sistema de Transporte Coletivo de São Luís.
É difícil acreditar que Holanda Júnior conseguirá resolver os dois
impasses. O TAC dos Transportes já sofreu três aditivos no prazo de
entrega para possibilitar que o prefeito e seus auxiliares da Secretaria
Municipal de Trânsito e Transportes o entregassem.
Na lista de exigências que foram aceitas pelo prefeito estão a
contratação de uma consultoria, a realização de uma licitação com prazo
de publicação de seis meses para novas linhas de transporte coletivo e a
implantação da biometria em veículos. Aliás, para não dizer que minhas
críticas são infundadas, reconheço que este último item até começou a
ser executado em “caráter experimental”. O que significa dizer que
dificilmente estará em pleno funcionamento na frota inteira em 30 dias.
A qualquer cidadão ludovicense que se pergunte não haverá outra
resposta que não seja negativa em relação aos ônibus coletivos da
cidade. Uma frota de pouco mais de mil veículos que transportam 700 mil
usuários e que tem idade média superior a 6 anos. Quando chove,
encontramos goteiras na fuselagem em tempos de sol, calor à pino para
transportar como sardinhas em lata.
Nessa
contagem regressiva será surpresa se novamente o prazo for extrapolado.
E a Prefeitura desembolsar a multa diária no valor de R$ 1.000,00 (um
mil reais), determinada pelo Ministério Público por cada dia de atraso
no TAC?
De repente, o dinheiro que teria de sobra
para pagar em multas, poderia ajudar na facilitação do diálogo com os
professores. Hoje 100 dias, amanhã 101 e por aí vai.
Não nos parece ser crível que 80% das escolas estejam funcionando. Um
trabalho investigativo da Imprensa ajudaria a clarear essa situação,
mas todos estão mais preocupados em não se indispor com o município e
preservar suas verbas em publicidade. Até a coluna dominical de fofocas
do Jornal Pequeno já criticou a greve dos professores.
Sem ter zêlo pela Educação ou pelos Transportes Públicos, esta gestão
chinfrin sepultou de vez o mínimo de dignidade que poderia existir para
nós, ludovicenses. Nem a serpente encantada estaria tão afundada.
Grande presente de 402 anos para ti, minha cidade!
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