quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A VERDADE SOBRE A CRISE EM PEDRINHAS E OS OPORTUNISTAS.

O buraco no Sistema Penitenciário é mais embaixo

Um ouvinte atento que escolhe a rádio sob o controle do vice-prefeito sem função e candidato a senador na coligação de Flávio Dino, Roberto Rocha, tem a nítida impressão de que São Luís é um caldeirão prestes a explodir em violência.
Boa parte da programação da rádio Capital AM é dedicada a espalhar boatos sobre uma possível onda de crimes, com a participação de ouvintes ensaiados, jurando de pés juntos que escutaram conversas sobre uma ação em massa de assaltos, sequestros e outras desgraças, previstas para acontecer antes das eleições.
Ontem à noite, no programa Comando da Noite, apresentado pelo radialista Gilberto Lima, uma ouvinte teria dito que o Serviço de Inteligência havia descoberto um plano para executar PMs, em série. Na manhã de hoje (17), outro ouvinte alegou ter escutado em uma fila de banco, dois bandidos informando que  iriam “tocar o terror” na cidade.
Qualquer Zé Ninguém sabe que a obsessão do comunista Flávio Dino pelo poder só ganhou proporções maiores com a crise do Sistema Penitenciário, cujo ápice aconteceu em janeiro deste ano, com morte brutal da menina Ana Clara, por um selvagem que ateou fogo no ônibus em que ela e a mãe estavam.
É claro e translúcido que a campanha de Dino ao Governo se alimenta de tragédias. A vinda da imprensa nacional ao Maranhão para farejar as chagas de Pedrinhas só engordou a ambição do ex-juiz. Em um momento de insanidade ele chegou a twetar que sabia exatamente o que a família da menina estava passando, mencionando até a morte de seu filho, em clara e repugnante politização da dor alheia.
Ontem, novamente Flávio Dino citou na TV Mirante as desgraças ocorridas no sistema penitenciário. Ninguém espera de um candidato a um cargo público no Brasil que não haja com oportunismo. Mas negar que o problema não é apenas do Governo atual é canalhice.
Nunca houve rebeliões ou crises na gestão do atual aliado de Dino, o deputado estadual Raimundo Cutrim, no período do Governo Zé Reinaldo? E quem era o responsável pelos estabelecimentos penais? Sebastião Uchôa, hoje secretário de Administração Penitenciária. E as terceirizações tão condenadas por ele não foram iniciadas na gestão da tresloucada Eurídice Vidigal?
E não foi no Governo de Jackson Lago que o Maranhão assistiu à cena mais degradante já vista por aqui, quando um preso exibiu para todo o Brasil uma cabeça de um colega de cela decapitado?
E quem dirige o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Maranhão, o SINDSPEM, desde 1993, senão um dos maiores aliados de Flávio Dino, o famoso Cesar Bombeiro? É de conhecimento das entranhas de Pedrinhas que os conflitos à época passavam, como ainda hoje, pelo controle do aparelho penitenciário, sob o controle de agentes penitenciários, ligados ao sindicato de agentes penitenciários e ao ex secretário Raimundo Cutrim. Mas aquele que promete “tirar o Maranhão das páginas policiais” não diz ao eleitor que seus aliados também são co-responsáveis por uma que crise se arrasta há algum tempo.
Para Flávio Dino, a regra é: ruim para o Maranhão, melhor para ele.

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