O ESQUEMA QUE ELEGEU FLÁVIO DINO DEP.FEDERAL. EXPLICA DINO

Flávio Dino fala de “ética”, mas não diz como foi eleito com 120 mil votos

O candidato comunista ao Governo do Estado gastou os preciosos
minutos de seu programa eleitoral para falar de “Ética”. Flávio Dino tem
repetido à exaustão, em pronunciamentos e em sua propaganda oficial,
adjetivos similares com o objetivo de ser elevado a uma espécie de
categoria superior de político. Dino insiste em ser condecorado com
virtudes como: “honestidade”, “decência”, “justiça”, “ficha-limpa”.
Estranha-se a ênfase. Lula, por exemplo, precisou vestir terno Armani
para desvincular-se da imagem de operário, de sindicalista. Acaso Flávio
tem necessidade de vestir o hábito de monge?

Os argumentos sofríveis dos marqueteiros da campanha comunista tentaram vender
a ideia da criação de uma Secretaria de Controle e Transparência para
fiscalizar os gastos públicos, em um improvável governo de Flávio Dino,
com a repetição da palavra “ética” a cada dez segundos. Pergunte ao
trabalhador ou a trabalhadora doméstica (mais preocupados com a
sobrevivência diária), o que eles acham dessa brilhante iniciativa!

O slogan “Trabalho e Honestidade” foi utilizado durante muitos anos
pelo ex-prefeito de São Luís e ex-governador do Maranhão, Jackson Lago.
Por ironia do destino, Lago morreu mergulhado em profundo desgosto, após
a derrota nas eleições 2010, depois que Flávio Dino espalhou aos quatro
cantos do Maranhão que o pedetista era “ficha-suja”.

Evidenciar a virtude da “honestidade” em um programa eleitoral é uma
escolha, embora ultrapassada nestes tempos sombrios. Mas soa estranho
que, no mesmo programa em que o tema é explorado, ele lembre que foi “um
deputado eleito com 120 mil votos”.

Flávio Dino foi realmente eleito, em 2006, mas com a mãozinha dos
convênios eleitoreiros, patrocinados pelo ex-governador Zé Reinaldo
Tavares. É o clássico caso da moça que alega ser virgem em um baile de
putas.

Por Camarão Seco