O PROFESSOR DE TODOS E MISTER ARROGÂNCIA.

Flávio Dino diz que foi “humilde” ao participar de um debate na emissora de Lobão Filho

Por Camarão seco

A inconfundível arrogância do candidato comunista, Flávio Dino, pode ter efeito reverso nestas eleições. A cada debate, o ex-presidente da Embratur apregoa pelos seus meninos de recado da Internet que saiu vitorioso, mas sem ter a noção de qual foi a percepção do eleitorado sobre seu comportamento. E, afinal de contas, quem decide nas urnas é a população e não algumas dezenas de advogados e blogueiros interessados ou pagos para fazer campanha para ele.

Por mais que se controle, Dino não consegue ser agradável. Não há marqueteiro que consiga “desencarná-lo” do juizão irritado e prepotente. Até quando sorri, ri cinicamente. Nenhum gesto de afabilidade pode ser percebido nele durante os debates já realizados até agora. A maior piada do debate promovido ontem (25) pela TV Difusora foi  sua imensa vontade de ser igualado ao candidato do PSOL, Luís Antônio Pedrosa – este, sim, preparado na prática da advocacia humana e na teoria, sendo novamente o vencedor do debate.

“Por mais que você negue, somos filhos das lutas sociais, da soberania dos mais pobres, dos excluídos”, dizia Flávio Dino a Pedrosa. Deu vontade de gargalhar. Dino é filho, não exatamente das lutas sociais. Ele, que passou o réveillon passado acompanhado do deputado federal encrencado, Weverton Rocha, no luxuosíssimo Copacabana Palace, quer estar ao lado dos pobres!

“Fui juiz, tenho autoridade”, dizia. “O Maranhão precisa de alguém que tenha autoridade e liderança moral”, repetia. Defendeu com ardor a Prefeitura de São Luís, administrada pelo maior fiasco dos últimos tempos: “A Prefeitura está sendo vítima de uma sabotagem, uma perseguição desonesta”. Sobre o afilhado político, Holandinha, afirmou: “Não é justo julgá-lo agora”.

Ao final, em entrevista à TV Difusora, foi desleal e desonesto com os profissionais da emissora, que organizaram o debate com a concordância de todos os assessores dos candidatos: “Lamento que a OAB tenha sido excluída”. Mentira. A OAB apenas não cumpriu o prazo estabelecido pela Direção de Jornalismo daquela televisão. E, para piorar, considerou um grande gesto de humildade ter ido a um debate na emissora do adversário. É de causar azia. Flávio Dino, além de arrogante, é deselegante com tantos profissionais que trabalham em busca de seu sustento. Não se sabe o que ele será capaz de fazer caso não seja eleito. Anotem: o comunista pode surtar.