Dino prepara ofensiva para conseguir votos dos cristãos
O
 primeiro passo foi dado ontem, com um encontro do candidato com 
pastores e líderes evangélicos de diversas denominações, num hotel em 
São Luís. Oficialmente, a reunião foi denominada “Encontro de Pastores e
 Lideranças Evangélicas com Flávio Dino”, com participação de 
representantes da Assembleia de Deus e das igrejas Pentecostal, Batista,
 Cristã-Evangélica, Presbiteriana, Casa do Senhor e da Cristo para 
Todos.
Na ocasião Flávio recebeu uma 
carta em que serão apresentados os motivos do apoio e o que os 
evangélicos esperam do comunista, caso eleito governador do estado.
Apesar
 de o evento haver ocorrido apenas com denominações evangélicas, a 
assessoria de Flávio Dino divulgou desde as primeiras horas do dia de 
ontem que este ato marcaria o lançamento oficial da campanha “Sou 
Cristão, voto Flávio Dino”.
O 
objetivo é tentar levar ao debate a tese do candidato de que é factível 
defender preceitos comunistas e, ao mesmo tempo, cristãos. “Está na 
Bíblia”, tem dito o candidato quando confrontado com esse dilema, 
citando suposto “comunismo” de Jesus Cristo.
Durante
 a participação em Sabatina na TV Guará, por exemplo, ele justificou a 
“aparente contradição” entre ser comunista e ser cristão – Dino se diz 
católico – citando versículos da Bíblia.
“Sugiro
 acerca desse aspecto relativo a uma aparente contradição entre ser 
comunista e ser cristão, católico, como sou de fato, a leitura da 
Bíblia. Eu tenho certeza que lá você vai encontrar a inspiração para ver
 exatamente o que Cristo defendeu: a justiça social, a opção 
preferencial pelos pobres, a comunhão justa das riquezas”, argumenta.
Incômodo
O
 incômodo de Flávio Dino com a dubiedade do “comuno-cristianismo” pode 
ser percebido, também, no programa eleitoral do representante da 
coligação “Todos pelo Maranhão”, que foi ao ar pela primeira vez na 
tarde de quarta-feira.
Na primeira 
produção para a TV, Rita Maria, mãe do comunista, apareceu dando 
depoimento sobre o engajamento religioso do filho na juventude. Segundo 
ela, houve inclusive uma ocasião em que um padre o convidou para fazer a
 homilia – o sermão proferido após a proclamação do Evangelho -, o que 
teria sido motivo de surpresa.
“Primeira
 vez me surpreendeu porque foi o padre que disse assim: ‘quem é que vai 
fazer a homilia? Flávio!’. E ele foi lá na frente fazer a homilia”, 
relatou.
Esses religiosos não me representam!
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