Pedrosa diz que “protótipos” de mudança mostram falência do modelo de gestão de Flávio Dino
De O Estado
Segundo ele, moradores de pelo menos cinco municípios dos Maranhão – São Luís, Caxias, Timon, Balsas e Santa Inês, todos administrados por prefeitos aliados do comunista – têm experimentado o que ele classificou de “protótipos” da “gestão da mudança”, com resultados práticos quase nulos.
Para Pedrosa, o principal modelo, a “vitrine”, é São Luís. A avaliação do candidato é de que não houve qualquer mudança efetiva na capital maranhense desde o início da gestão Edivaldo Holanda Júnior (PTC).
“Nós já tivemos uma prova evidente do modelo de mudança que está sendo apresentado nessa eleição para governador. Nós temos já os protótipos, a partir de São Luís, especialmente. A experiência pioneira de gestão desse grupo político foi principalmente São Luís. É a vitrine. E eu acho que não há nenhum cidadão em São Luís, em sã consciência, que possa dizer que a gestão do prefeito da capital é uma boa gestão. Nós não temos condições de dizer isso”, comentou.
O ultra-esquerdista destacou pontos específicos nos quais não houve qualquer mudança em relação ao modelo de gestão do ex-prefeito João Castelo.

Pedrosa acrescentou que é a partir das experiências práticas vivenciadas pelos eleitores nesses chamados “protótipos” que ele pretende propor o debate central da eleição de outubro deste ano.
“Esse paradigma, esse modelo de mudança é o modelo que nós vamos colocar no lugar do grupo Sarney? Essa é que a pergunta que nós temos que fazer. Nós queremos, no mínimo, debater isso, tornar isso mais complexo no debate eleitoral. Nós [do PSol] não temos nenhum compromisso com esse tipo de mudança. Não temos como fazer uma disputa política, a partir de um referencial de esquerda, programática, apoiando esse modelo de administração, porque esse não é o nosso modelo”, ressaltou.
“Não acreditamos em conversões”, diz Pedrosa
O candidato Antônio Pedrosa condenou durante à entrevista à Rádio Mirante AM as “conversões” de ex-aliados do senador José Sarney (PMDB-AP), em adversários e propagadores do discurso de mudança no Maranhão.
Segundo ele, é mais fácil acreditar nas conversões religiosas do que nas políticas.
“Nós não acreditamos nas conversões. As conversões religiosas são mais fáceis de acreditar do que as conversões políticas. O sujeito que passou a vida inteira dentro do grupo Sarney e repentinamente se converte num adversário figadal do grupo Sarney ele, no mínimo, não é confiável e não pode, de forma nenhuma, sinalizar para a população que incorporou uma mudança de prática política, uma mudança na sua concepção de desenvolvimento e de gestão das políticas públicas”, disse, sem citar nomes dos ex-sarneyzistas que se converteram em “mudancistas”.
Para ultra-esquerdista, o grupo hoje capitaneado pelo comunista Flávio Dino apenas reproduz as mesmas práticas de quem diz combater.
“Não temos nenhum compromisso com o grupo Sarney. Achamos que o grupo Sarney está se esvaindo por si próprio, mas nós temos um grupo que está se opondo a isso – e se coloca como a mudança, como a esperança – que reproduz as mesmas práticas. Para nós, o importante não é só você discutir a necessidade de derrotar o grupo Sarney. Nós queremos debater o que é que nós vamos colocar no lugar”, completou.