terça-feira, 19 de agosto de 2014

FOGE DINO, O BICHO ESTÁ PEGANDO E AS MASCARAS CAINDO.

Pôncio Pilatos e a greve dos professores





“Acho injusta essa pergunta porque o prefeito Edivaldo Holanda não está aqui para se defender”, foi assim que  candidato comunista ao Governo do Maranhão, Flávio Dino, se esquivou de responder à pergunta do candidato Saulo Arcângeli, do PSTU, ontem (18) durante um debate na TV Guará.

Arcângeli citou que a Secretaria Municipal de Educação é comandada pelo PCdoB e lembrou as greves de professores que atingem municípios administrados por dois dos principais aliados de Dino: Edivaldo Holanda Júnior, em São Luís e Sebastião Madeira, em Imperatriz. O candidato incluiu na pergunta a informação de que ontem mesmo o secretário Geraldo Castro sequer deu as caras e deixou os docentes esperando, em mais uma reunião marcada para resolver o impasse.
Contrariado, Dino fechou a cara, agitou-se no pequeno espaço e reagiu com sua visível prepotência que salta diante dos olhos dos telespectadores. Depois de argumentar que “a greve era municipal e o debate era sobre o governo”, lembrou que foi advogado de trabalhadores – embora agindo como um Pôncio Pilatos, lavando as mãos, nesta greve que se arrasta ante a completa indiferença da Prefeitura.

O comunista foi condescendente com a administração medíocre do afilhado Holandinha, justificando que ele está com pouco mais de um ano de mandato. Mas em nenhum momento proferiu uma única palavra de apoio aos docentes que estavam acorrentados há quase uma semana e hoje (19) iniciaram uma greve de fome.

Flávio Dino agiu como se, em 2012, não tivesse prometido diante da população ludovicense e das câmeras de TV que Edivaldo Holanda Júnior iria revolucionar a Educação municipal. E também como se o secretário Geraldo Castro Sobrinho, indicado pelo seu partido para a gestão educacional, não fosse o grande responsável pela péssima condução da negociação com os grevistas, que chegam hoje o seu 87º dia de paralisação. Como aluno que gazeia aula, o secretário fugiu da reunião com o Ministério Público para tentar uma negociação com os professores e encerrar a greve. Quais as causas tão  nebulosas para tamanho desdém?
Acima do limite de cinismo permitido a um político, o ex-juiz ainda teve a pachorra de atribuir os míseros 3% de aumento que a Prefeitura de São Luís concedeu ao professores municipais, a uma “perseguição” para tentar atingi-lo.
Quem está sendo perseguido é o povo ao viver em uma cidade achincalhada por uma administração que faz contratos suspeitos com empresas igualmente suspeitas para alimentar a fome de poder de um grupo que, de maneira aviltante, quer governar o Maranhão com o blefe da “mudança”.

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