São imóveis com preços acima do mercado em áreas
nobres de São Luís; há casos de proprietários que já mantém outros tipos de
contratos com a gestão comunista
O imóvel alugado para os Bombeiros: três vezes mais caro que casa maior na mesma avenida |
Por: Marco D'eça
A deputada estadual Andrea Murad (PMDB)
identificou em 2015 pelo menos seis endereços de imóveis alugados pelo governo
com valores acima do mercado.
São preços que variam de R$ 20 mil a R$
135 mil por mês, beneficiando, inclusive, gente com outros tipos de contratos
no governo.
Pelo prédio da Vigilância em Saúde,
vinculada à Secretaria de Saúde, na Rua no Calhau, o governo comunista paga R$
135 mil por mês. Este imóvel já foi, inclusive, alvo de duas denúncias deste
blog. (Relembre aqui e aqui)
Já as sedes da Secretaria de Turimso e
do Batalhão de Bombeiros Marítimos custam R$ 20 mil por mês aos cofres
públicos.
– Comprovamos que o imóvel da
Secretaria de Turismo pertence a C A MALLMANN que também ganhou uma licitação
na comunicação em que no processo licitatório ainda deu o endereço da sua
empresa privada sendo a mesma sede da então SETUR. Tá tudo em casa no governo
Flávio Dino. Já a casa dos Bombeiros Marítimos, na época fizemos uma pesquisa
de mercado, o governo alugou um imóvel por R$ 20 mil por mês na avenida
Litorânea e nós encontramos uma casa bem maior, com mais compartimentos, no
valor R$ 7 mil. E o mais grave, essa casa escolhida pelo governo pertence a
Alexandre Brandão, casado com Mariana Sá Valle, dona de escritório de advocacia
que foi contratado também por dispensa em outro órgão. É um verdadeiro
cruzamento de benefícios aos aliados de Flávio Dino e Márcio Jerry – explica
a deputada.
No caso da sede da Vigilância em Saúde,
Andrea garante que o prédio está inacabado e não tem condições estruturais para
abrigar todos os funcionários.
Entre os problemas, o imóvel registra
problemas no cabeamento de energia, o elevador não funciona e o estacionamento
é insuficiente para abrigar os mais de 100 carros do órgão.
– A antiga sede da Vigilância em Saúde,
que ficava na Alemanha, custava aos cofres públicos R$ 30 mil reais e
comportava todos. Nesta nova sede lembro que denunciei que os funcionários
faziam rodízio para trabalhar porque não cabiam todos no mesmo espaço,
estrutura inacabada, esgoto entupido, elevador se funcionar e o governo ainda
estava gastando mais de R$ 1milhão de novo cabeamento para internet. É uma
vergonha, é uma imoralidade essa farra de aluguéis. Ainda em 2015 eu enviei
ofício à Secretaria de Estado da Transparência e Controle que até hoje nunca
tomou qualquer providências sobre os vários contratos irregulares que
identificamos e denunciamos – relembra
Andrea.
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