Por: Diego Emir
Finalmente uma solução foi apresentada para o VLT
de São Luís. O prefeito Hilton Gonçalo (PCdoB), apresentou durante a última
reunião da da COMEFC – Consórcio dos Municípios da Estrada de Ferro Carajás no
Maranhão – para a Vale e para a Transnordestina, um projeto audacioso: ligar
São Luís, Bacabeira e Santa Rita através de um Veículo Leve sob Trilhos.
De acordo com o projeto elaborado pelo engenheiro
Francisco Soares, o VLT sairia do Tirirical passaria por três estações
(Aracanga, Piçarra e Mandubé) ainda dentro de São Luís, ocorreria uma parada no
povoado de Periz de Baixo e na sede Bacabeira, finalizando o trajeto em Carema
na cidade de Santa Rita.
A proposta de Hilton Gonçalo é estabelecer uma
parceria com a prefeitura de São Luís, Santa Rita e Bacabeira além do governo
estadual para desenvolver o projeto. “Eu vou propor ao prefeito
Edivaldo Holanda Júnior que ele faça a doação dos vagões do VLT para
implantação desse projeto”, revelou. Caso não ocorra a cessão do VLT,
Hilton revela ter outra estratégia, solicitar junto a VALE e com o apoio da
COMEFC, a aquisição de novos vagões.
“É uma obra de alcance social e desenvolvimento
econômico de extrema relevância para o estado e essa região. Além de atender a
população rural de São Luís e os moradores de Bacabeira e Santa Rita, a linha
poderia ser utilizada por turistas, uma vez que a primeira estação ficaria
próximo ao aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado e uma das paradas fica na
entrada da BR-402 que vai até o município de Barreirinhas”,
argumentou.
Hilton Gonçalo afirma que o projeto aponta a
capacidade de atender até 400 passageiros por hora no trecho estabelecido
e esse seria o tempo estimado da viagem SLZ-CAREMA, uma vez que
a velocidade média do VLT é de 40 km/h, podendo chegar a 100 km/h
nas vias bem alinhadas. Hoje a velocidade média operacional do transporte de
passageiros no trecho entre Santa Rita e São Luís é de 12 km/h.
Para alcançar o objetivo de implantar o VLT, o
prefeito de Santa Rita explica os passos que devem ser dados: acompanhar o
projeto de criação da lei estadual do Sistema de Transporte Ferroviário de
Passageiros; negociar com a Prefeitura de São Luís o uso compartilhado do VLT;
negociar com a Transnordestina o uso compartilhado da Via Permanente e
elaborar o modelo negocial de exploração dos serviços, o que seria a concessão
dos direitos econômicos da linha SLZ-CAREMA.
Estação de Carema em Santa Rita já está pronta para o uso
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Atualmente
o VLT consome R$415 mil mensais da Prefeitura de São Luís para ser guardado em
uma galpão da Transnordestina Logística S.A, portanto o prefeito Hilton Gonçalo
acredita que além de desenvolver um importante projeto para os municípios, o
uso do VLT iria aliviar as contas públicas do executivo municipal da capital
maranhense.
OBRAS
Em relação as obras, o projeto apresentado aponta a
necessidade de recuperação emergencial das estações ferroviárias de Mandubé
(Estiva/SLZ) e Piçarra (Pedrinhas/SLZ); reconstrução da estação de Araracanga
(Maracanã / SLZ); Construção da Estação do Tirirical com prolongamento
de 500 M da via permanente em bitola métrica (1 M) do ponto final do
pátio da Transnordestina; construção da Estação de Bacabeiras e a
implantação de Serviço de Transporte Ferroviário de Passageiros utilizando o
veiculo VLT de bitola métrica entre as estações de Tirirical/SLZ passando pela
Estação de Bacabeiras até a Estação de Carema/Santa Rita.
O ponto final da linha que seria utilizada pelo VLT
já estaria pronto, uma vez que estação de Carema foi recuperada e
recém-entregue pelo IPHAN.
HOMENAGEM
O prefeito Hilton Gonçalo ainda revelou que a ideia
é batizar a linha do VLT de “Prefeito João Castelo”. Ele acredita que seria uma
justa homenagem ao ex-prefeito de São Luís que sonhou implantar um transporte
moderno e acessível a população.
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