Por: Yuri Almeida
O prefeito de São José de Ribamar,
Luís Fernando Silva (PSDB), pôs fim à atuação da organização criminosa
Cooperativa Maranhense de Trabalho (Coopmar) nas contas do município. A
entidade, que funciona como empresa, foi alvo de mega operação conjunta do Ministério da Transparência,
Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU), a Polícia Civil e o Grupo de
Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), no final de 2016, por
desvios de R$ 170 milhões.
Diante da descoberta da máfia, ela teve
o contrato cortado pelo tucano.
Por ora, os serviços de limpeza e
condução de veículos estão aos cuidados da empresa Comserv - Comércio de
Material de Limpeza e Serviços Ltda. Conforme prevê a legislação
específica, o contrato foi firmado de forma emergencial, enquanto o
processo licitatório para a contratação permanece da empresa que ficará com os
serviços está sendo aberto e, consequentemente, concluído.
A contratação emergencial da nova
empresa foi aprovada pela população e servidores municipais, já que a
administração pública estava abandonada e os repasses milionários
à Coopmar feitos durante a gestão anterior, do ex-prefeito Gil Cutrim
(PDT), estão sob suspeita desde a deflagração da Operação Cooperare pela
CGU, Polícia Civil e Gaeco.
Segundo o ATUAL7 apurou, entre as
várias irregularidades já detectadas pela nova gestão nos contratos efetuados
pelo pedetista com a Coopmar, e que serão levadas ao Ministério Público do
Maranhão e demais órgãos de controle e fiscalização, estão a falta de orçamento
detalhado do termo de referência do processo; descumprimento do que previa o
edital de contratação, duplicação de contatos; e violação à Súmula TCU 281,
dentre outras.
Além de São José Ribamar, a Coopmar
atuava ainda em outras 16 prefeituras maranhenses - Timon, Caxias, Viana, São
Mateus, Grajaú, Paço do Lumiar, Coroatá, Peritoró, Rosário, Presidente Dutra,
São Domingos do Maranhão, Santa Helena, Santa Rita, Chapadinha, Matinha e
Arari -, que seguem investigadas. Ao todo, em apenas três anos,
a quadrilha movimentou repasses na ordem de R$ 230 milhões.
A entrada da entidade nas contas
dessas outras prefeituras, segundo investigações, teria sido feita sob a
indicação da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), sobre
o controle de seu ainda presidente, Gil Cutrim, que emitia pareceres favoráveis
à contratação.
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