Por: Marco D'eça
A publicação de uma carta de
autoria dos funcionários do Hospital Geral de Peritoró e o anúncio feito por um
vereador da região revelaram a nova intenção do governandor Flávio Dino (PCdoB)
com a saúde do estado.
O governo quer repassar o
Hospital Geral de Peritoró para o município administrar e o resultado será
catastrófico porque o HGP deixará de ser porta aberta para a região, além de
deixar de atender em várias especialidades, o que já vem acontecendo na atual má
gestão comunista.
Em sua página oficial, a
deputada Andrea Murad (PMDB) criticou a municipalização e revelou que outras
unidades estão na mira do governador.
“Fechar hospitais estaduais e entregar aos municípios será
um verdadeiro genocídio, um escândalo para a população que esperou muito tempo
para ter em sua região hospitais que realizam atendimento de média e alta
complexidade. É o caso do Hospital Geral de Peritoró, um hospital estratégico,
responsável pelo atendimento de toda aquela região do Médio Mearim, localizado
entre estradas que cruzam vários municípios. O Hospital de Peritoró com 50
leitos é um Hospital de Média Complexidade tecnológica e de alguns recursos
humanos especializados, como pediatria e ortopedia, faz exames laboratoriais,
de imagem, até tomografia e alguns tipos de cirurgias. O custo desse hospital
hoje deve estar na casa dos R$ 5 milhões/mês, considerando que atende urgência
e emergência 24 horas. O município de Peritoró não arrecada nem 5% desse valor
pelo SUS. Se a Prefeitura assumir sem a garantia do aporte de recursos
estaduais, vai cometer um ‘suicídio estratégico’, isso não é municipalização,
nem descentralização, é uma irresponsabilidade institucional. Um verdadeiro
‘Cavalo de Tróia’ da Saúde, em pleno século XXI. E o mais grave ainda, o mesmo
deverá acontecer com os hospitais estaduais em Timon, Alto Alegre e Coroatá,
entre outros, pelo que fui informada”, escreveu a deputada.
A preocupação da parlamentar
com a municipalização é que sem o auxílio do governo, como Flávio Dino já vem
fazendo, deixando de garantir ajuda de custo dos hospitais de 20, por exemplo,
uma prefeitura não tem recursos suficientes para manter pronto socorro e UTI.
Para a deputada, a procissão de
ambulâncias para São Luís voltará e Andrea já estuda recorrer à justiça caso a
transferência se concretize.
“Se desfazer de hospitais como esses,
repito, é um escândalo, visto que voltaremos com a procissão de ambulâncias
para São Luís como víamos antes do Programa Saúde é Vida, quando os Socorrões,
já tão castigados, não vão aguentar mais pacientes do interior do estado atrás
de atendimentos especializados de urgência, pois as prefeituras não terão como
manter esses hospitais. Mesmo sem o atendimento que tinham, os serviços que
tinham, são esses hospitais que continuam ajudando a população. Já não basta
ter tirado a qualidade das unidades, a maioria das especialidades, agora querem
entregar aos municípios para acabar com o hospital. Isso é criminoso. Se o
governo do estado concretizar esse ato insano, irei à justiça questionar essa
transferência. Isso é pior do que maldade. Este homem jamais poderia ocupar o
cargo que ocupa. Primeiro porque não tem competência, não sabe ser gestor, essa
é mais uma prova de sua incompetência. Segundo, porque não tem sensibilidade e
nem coração para com aqueles que ele deveria cuidar ao invés de matar”, completou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário