quinta-feira, 19 de novembro de 2015

FOI INICIADA NA MANHÃ DA ULTIMA QUARTA-FEIRA (18) A SEGUNDA FASE DA OPERAÇÃO ‘EL BERITE’, DE COMBATE À AGIOTAGEM E À CORRUPÇÃO NO MARANHÃO, EM BACABAL (MA)

Por: Marcelo Vieira
A Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção, Superintendência Estadual de Combate ao Narcotráfico (Senarc) e Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – do Ministério Público do Maranhão (MP-MA) – iniciou na manhã desta quarta-feira (18) a segunda fase da operação ‘El Berite’, de combate à agiotagem e à corrupção no Maranhão, em Bacabal (MA) – município localizado a 240 km de São Luís – e outras cidades.
A operação cumpriu mandados de prisão preventiva contra o ex-prefeito de Bacabal (MA) – município localizado a 240 km de São Luís –, Raimundo Nonato Lisboa; os ex-secretários da prefeitura, Aldo Araújo de Brito (também ex-presidente da comissão de licitação) e Gilberto Ferreira (ex-tesoureiro); o agiota Josival Cavalcante da Silva, conhecido como ‘Pacovan’, e a esposa, identificada como Edna Maria Pereira; e o filho da ex-prefeita da cidade de Dom Pedro (MA), Eduardo José Barros Costa.
Em abril deste ano, o ex-prefeito de Bacabal, Raimundo Lisboa, havia sido preso na primeira fase da operação ‘El Berite’, como desdobramento da ‘Operação etonando’, realizada em 2012 após assassinato do Jornalista Décio Sá’. Raimundo Lisboa foi prefeito do município entre 2004 e 2012 e presidente da Federação dos Municípios do Maranhão (Famem). À época, outras quatro pessoas foram presas, todas ligadas à prefeitura, entre elas também o ex-presidente da comissão de licitação de Bacabal, Aldo Araújo de Brito.
O agiota Gláucio Alencar Pontes Carvalho, preso desde 23 de abril de 2012 – acusado de ser um dos mandantes do assassinato do jornalista Décio Sá, em abril de 2012, e por encabeçar uma quadrilha que praticava agiotagem em prefeituras no Maranhão –, também teve a prisão decretada pela Justiça.

O esquema

De acordo com o superintendente de Combate à Corrupção, delegado Lawrence Pereira, R$ 4,5 milhões foram desviados para a agiotagem. Os desvios foram comprovados pelos autos do inquérito, por meio da quebra de sigilos bancários.
“Trata-se de uma organização criminosa que tinha como objetivo principal o desvio de verba pública pertencente ao município de Bacabal. Todos os presos, todos os denunciados que agora respondem a processo penal na Justiça de Bacabal, eles usufruíram do dinheiro desviado e essas pessoas tiveram, ou através de ‘laranjas’ ou através de suas próprias contas bancárias, repasses feitos pela Prefeitura de Bacabal, seja diretamente ou através de desvios, e se locupletaram (enriqueceram) desse dinheiro público”, explica.
No esquema, o agiota empresta dinheiro às candidaturas de prefeitos durante a campanha eleitoral e após o gestor ser eleito, processos licitatórios são forjados com a ajuda de ‘laranjas’ para desvio de verbas públicas.

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