Crescem os burburinhos da minha prisão
pela Polícia Federal a qualquer momento com o argumento que não se sustenta de
que eu estaria atrapalhando investigações ou coagindo testemunhas na operação
Turing. Como, se a única coisa que faço é usar minha tribuna para me defender?
Por: Luis Cardoso
Me chamo Luis
Assis Cardoso Silva de Almeida, jornalista profissional com 36 anos de efetivo
exercício com passagens por jornais impressos, emissoras de Rádio e TVs, e
agora detentor do Blog mais acessado do Maranhão e um dos mais lidos no
Nordeste.
Fui surpreendido
no dia 21 de março com um decreto de prisão e com a presença de policiais
federais em minha residência logo cedo da manhã. Sem usar algemas ou sem ir
para presídios ou outras prisões, fui interrogado até 12h daquela manhã e às
16h já informado que seria liberado para voltar pra casa. E foi o que aconteceu
já por volta das 18h.
O próprio
delegado que chefia a operação pediu à Justiça Federal a revogação da prisão
por ele solicitada. E do que me acusam? De ter recebido informações de um
agente federal, ligado ao governador Flávio Dino, e a partir daí extorquir
pessoas investigadas pela PF.
Restou bem
claro que nunca tive nenhuma ligação com tal agente em nenhum momento. Talvez,
por isso, tenham me liberado e a provisória não foi cumprida. Mas a
investigação por crime de extorsão permaneceu, o que não é de competência da
Policial Federal, mas sim da estadual.
Como quem não
deve não teme, solicitei dos advogados que não pedissem o bloqueio da operação
por crime de extorsão pela PF. É preciso que prove que essa prática nos meus 36
anos de jornalismo não é minha. Mas vejo que a coisa está insustentável. Querem
por que querem me incriminar.
Já ouviram
vários políticos e empresários, inclusive alguns denunciados pelo blog como se
eles fossem alvos de extorsão, numa clara manifestação de abuso de autoridade e
cerceamento da liberdade de imprensa. Quer dizer que agora ninguém pode ser
mais denunciado no Maranhão que é tentativa ou prática de extorsão? O
entendimento do Supremo Tribunal Federal é outro.
De todos os
depoimentos até agora, apenas a do empresário Wilson Mateus, que três meses da operação
deflagrada me pedira, através de sua advogada, um favor por se sentir
coagido pelo governo do Estado numa operação do Ministério Público por causa de
fraudes na Sefaz.
Depois que o
empresário passou a ser amigo do governador, de quem meu blog tem visão
critica, e foi o único contemplado com a redução de 17% para 2% de ICMS como
atacadista, prestou depoimento em Brasília cheio de contradições e insinuações.
Hoje, os meus
advogados informaram que o delegado pediu e obteve mais 90 dias de prorrogação
para investigar supostas extorsões. A PF continua extrapolando das suas funções
e querendo prisão de jornalistas no Maranhão por vazamento de informações.
Por isso,
decidi fazer essa Carta Aberta para a população do Maranhão que será enviada
para a ONU, OAB, Supremo Tribunal Federal, Fenaj, Associação Brasileiro de
Imprensa e ao Sindicato dos Jornalistas do Maranhão, pedindo que esse caso seja
acompanhado pelas entidades acima citadas.
Volto a
repetir: o principal interessado em desmoralizar o blog é o ex-juiz federal e
governador de plantão Flávio Dino e, ao que parece, luta incansavelmente pela
minha prisão.
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