Assis
Ramos denunciou a paraibana Brasmar por tentar usar garis para gerar caos na
cidade, após ter encerrado contrato emergencial para limpeza urbana
Por: Marco D’eça
O prefeito Assis Ramos (PMDB) disse nesta
segunda-feira, 29, no programa Rádio Alternativo, do jornalista e radialista
Arimatéia Júnior, na Nativa FM, que denunciou à polícia a tentativa da Brasmar
de fazer baderna na cidade, utilizando-se de alguns garis, durante o final de
semana.
A empresa paraibana foi retirada do serviço de
limpeza pública porque o contrato emergencial, feito na troca de gestão,
findou.
– Tínhamos licitados serviços gerais através dos
quais podemos fazer legalmente com que a prefeitura assuma a gestão da limpeza
e da coleta, e é isso que vai ser feito até que a licitação específica seja
concluída – avisou o prefeito.
A Brasmar vivia a expectativa de ter renovado o
contrato emergencial, mas essa possibilidade, que praticamente não existia,
zerou de vez quando, no meio da semana passada, o Tribunal de Justiça do
Maranhão confirmou condenação do ex-prefeito Sebastião Madeira (PSDB) por improbidade,
exatamente porque manteve a limpeza pública sob contrato emergencial.
Na sexta-feira, uma diretora da Brasmar, dentro da
sede da Secretaria da Infraestrutura, anunciou a possibilidade de “permitir”
com que 400 garis tumultuassem a cidade e incendiassem caminhões de lixo.
Ela exigia, “para evitar o caos”, o
depósito, na conta dela, da última fatura dos serviços prestados pela empresa,
que só vence no dia 10 de junho, oportunidade em que foi informada pelo
Procurador do Município, Rodrigo do Carmo, que o prefeito Assis Ramos decidira
que esse valor seria depositado em juízo, rigorosamente em dia, “para
garantir a rescisão dos contratos de trabalho de todos os agentes de limpeza”, anunciou
Rodrigo do Carmo.
Assis Ramos observou ainda que as redes sociais
chegaram a ser inundadas por falsas informações de que a cidade viveria um
caos.
– Foram manifestações das mesmas pessoas que tentam
manipular a opinião pública, a serviço da desinformação e de uma sonhada
instabilidade política. Isso não progrediu porque as pessoas de bem estão
atentas, o lixo não se acumulou e ficou muito claro que eu agi com rigor em
defesa da legalidade e dos direitos dos agentes de limpeza, que estavam sendo
usados de forma maldosa pela Brasmar num momento de de fragilidade para eles.
O prefeito passou o sábado e o domingo em reuniões
na Sinfra e nas ruas, acompanhando o trabalho dos garis. Quando precisou,
acionou a polícia. Ontem ele avisou que o serviço “ainda não está
uma maravilha, porque, de alguma forma, as tentativas de tocar o terror, feitas
pela Brasmar, atrapalharam”, mas que o controle já está sendo estabelecido e
que, “além de totalmente legalizado por uma licitação, o serviço de limpeza vai
ser eficiente em toda a cidade”.
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