Por: Diego Emir
Na última quinta-feira (18), o advogado da JBS, Willer Tomaz, foi preso em São Luís, após ter sido acusado de coaptar o procurador da República Ângelo Goulart Villela para que ele interferisse na Operação Greenfield. Porém além de estar sendo investigado por esse fato, também está sendo apurado pela Procuradoria Geral da República, um possível relacionamento do governador Flávio Dino (PCdoB) com Willer Tomaz.
A Procuradoria-geral da República apura por que o advogado apresentou uma denúncia considerada falsa contra o hoje desembargador Diaulas Ribeiro, do Tribunal de Justiça do DF. Em 2013, Willer Tomaz enviou uma representação à Corregedoria do Ministério Público do DF em que apontou que Diaulas, então promotor titular da Pro-Vida, teria cobrado propina para não denunciar o médico Haeckel Cabral Moraes.
Na investigação da Corregedoria do MPDFT, o médico Haeckel Cabral Moraes negou ter recebido proposta do então promotor de Justiça Diaulas Ribeiro de um pagamento em troca de não denunciá-lo.
Acontece que há suspeitas de que a trama envolveu o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), inimigo de Diaulas Ribeiro desde que o então promotor de Justiça arquivou a acusação contra a médica que atuou no atendimento do filho dele. Marcelo Dino morreu em 2012, decorrente de uma crise de asma. O pai sempre acreditou que houve erro médico. Em depoimento, Haeckel Cabral Moraes apontou que havia uma pessoa identificada como Flávio na reunião no escritório de Willer Tomaz. Mas disse não saber de quem se tratava. A Procuradoria-geral da República apura quem seria o “Flávio” citado.
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