Por: Luís Pablo
Os
deputados federais Weverton Rocha (PDT) e Rubens Pereira Júnior (PCdoB) parece
que ensaiaram o mesmo discurso para se defenderem sobre as doações que
receberam de empresas investigadas pela Operação Lava Jato.
O
primeiro foi Weverton, que não gostou da reportagem publicada pelo Blog do Luís Pablo sobre
as doações que recebeu das empresas JBS e construtora Queiroz Galvão, nas
eleições de 2014.
Rocha
se manifestou em um grupo de WhatsApp (marcando a matéria divulgada por esta
página) e tentou desqualificar a publicação dizendo: “melhor ir atrás de outras
bombas meu caro”.
O
pedetista colocou a imagem dos seus twitters, em que diz que não se deve
criminalizar as doações.
Na mesma linha seguiu o
colega Rubens Júnior, que escreveu a mesma coisa (Ctrl-C e Ctrl-V): “não se deve criminalizar a doação lícita de
campanha.”
O argumento dos dois é o mesmo que todos os políticos que
receberam doações dessas empresas usam.
O curioso é que tanto Weverton como Rubens Jr. dão voz a delação
do empresário Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, engrossando o coro na
Câmara de Deputados ao pedirem o cassação do presidente Michel Temer.
Ocorre que o mesmo Joesley Batista já disse que toda doação
oficial que o grupo empresarial fez foi, na verdade, propina disfarçada.
Batista afirmou em delação à PGR (Procuradoria-Geral da República)
que a JBS pagou R$ 500 milhões em doações eleitorais a políticos nos últimos 15
anos.
Os deputados precisam dar uma explicação mais plausível.
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