O Estado –
A Polícia Federal começou a investigar em 2015 a Organização Criminosa que
utilizava lista de funcionários fantasmas da Secretaria de Saúde para desviar
cerca de R$ 18 milhões dos cofres públicos. E em novembro de 2016 foi feito o
pedido de prisão dos envolvidos ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª
Região.
O
processo número 0040715-18.2016.4.01.3700, no TRF-1 foi registrado no TRF em 10
de novembro de 2016, com os pedidos de prisão da ex-secretária Rosângela Curado
e de outros 16 envolvidos no esquema.
A
prisão só não foi deferida antes porque os autos foram encaminhados ao
Ministério Público Federal, que passou mais de seis meses com os documentos. Em
6 de junho de 2017, segundo revelou o blog Atual 7, os autos foram devolvidos à
Justiça Federal.
A
revelação da movimentação do processo derruba a tese que o governador Flávio
Dino (PCdoB) tem tentado disseminar: a de que a operação Pegadores se deu como
conseqüência da mudança de comando na Polícia Federal.
A
ação da Polícia Federal, na última quinta-feira, 16, levou para a cadeia, além
de Rosângela Curado, outras 16 pessoas, entre empresários, funcionários da
Secretaria de Saúde e representantes de institutos que gerenciam os hospitais
públicos de São Luís.
Delação – Já
transferida para a Central de Custódia de Presos de Justiça, do Complexo
Penitenciário de Pedrinhas, a ex-secretária Rosângela Curado pode ter sua
prisão temporária convertida em prisão preventiva.
Setores
da Polícia Federal e do Ministério Público Federal tentam obter da ex-auxiliar
de Flávio Dino uma delação premiada, para que ela aponte eventuais chefes da
organização criminosa que levou R$ 18 milhões.
Rosângela
foi nomeada secretária adjunta de Saúde logo no início do governo Flávio Dino.
Oito meses depois, foi demitida em circunstâncias nunca esclarecidas pelo
governo. Mesmo após sua demissão, ela foi a candidata de Flávio Dino e do PCdoB
nas eleições municipais de Imperatriz.
Rosângela
operava o esquema de lista fantasma de funcionários da Saúde por meio de
conjuntas diretas ou da sua empresa, que recebia recursos dos institutos
responsáveis pelo gerenciamento dos órgãos de saúde.
Uma
delação premiada pode levar a Polícia Federal a outros integrantes do esquema.
Mais
Cunhada
do secretário de Articulação Polícia Márcio Jerry, Jane Rodrigues era a
responsável por operar um dos braços do esquema de desvio de recursos por meio
de servidores fantasmas da Saúde. Da sua conta, a Justiça bloqueou R$ 50 mil,
por considerar suspeitos de serem frutos de desvio de recursos.
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