Uma
planilha de pagamentos realizados pela Empresa Maranhense de Serviços
Hospitalares (Emserh), órgão estadual vinculado à Secretaria de Estado da Saúde
(SES), foi apresentada pela Polícia Federal à Justiça Federal como prova de que
os desvios de recursos até então efetuados no âmbito dos institutos contratados
para gerir unidades hospitalares do Maranhão continuaram dentro da estrutura
estatal, nos dias atuais.
Segundo
a PF, notas fiscais emitidas pelo Instituto de Serviços Médicos e Consultoria
Ltda. (ISMC) – empresa registrada em nome da sogra de Mariano de Castro,
ex-assessor da SES e apontado como operador do esquema – e pagas pela Emserh,
indicam um valor a maior, que possivelmente foi desviado.
Os
investigadores compilaram notas fiscais pagas entre os meses de março e
setembro de 2017. Em todos os casos, o valor das notas era de R$ 170,6 mil, mas
as planilhas de serviços médicos efetivamente prestados contabilizavam R$ 120
mil ou R$ 124 mil, gerando diferenças de R$ 50,6 mil ou R$ 46,6 mil.
No
total, segundo cálculos dos federais, apenas em cinco meses o excedente foi de
mais de R$ 245 mil. A PF suspeita que esse valor era desviado pelo “núcleo”
controlado por Mariano de Castro e aponta esse indício como destaque “na
dinâmica que vincula a prática de desvio aos dias atuais”.
Outro lado
Em
contato com o Blog do Gilberto Léda,
o atual secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, disse que a diferença
refere-se a tributos. “Se você não calcular os tributos, sempre vai dar
errado”, declarou.
Em
nota emitida ontem (27), a SES manteve a versão de que “os fatos, que chegaram
ao conhecimento com a nova fase da Operação Sermão aos Peixes, ocorreram no
âmbito das entidades privadas classificadas como Organizações Sociais” e
garantiu que “os acontecimentos serão apurados administrativamente com medidas
judiciais e extra judiciais cabíveis aos que deram prejuízo ao erário”
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