O esquema de
pagamentos indevidos a pessoas indicadas por membros da gestão Flávio Dino
(PCdoB), com recursos da Saúde, continuou até o ano de 2017, mesmo após o
cancelamento de contratos do Governo do Maranhão com terceirizadas como o ICN e
o Idac (saiba mais aqui e aqui).
A afirmação é da Controladoria Geral da União (CGU) e consta do
inquérito da Polícia Federal que culminou com o desencadeamento da Operação
Pegadores, na semana passada. De acordo com o órgão de controle externo do
Governo Federal, no caso do Maranhão, o Idac foi substituído pela Empresa
Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh), órgão vinculado à Secretaria de
Estado da Saúde (SES).
As organizações do terceiro setor são vistas pela PF como
responsáveis pela origem da estratégia de desviar recursos por meio de empresas
subcontratadas. Segundo os investigadores, por essa via, foram escoados pelo
menos R$ 18 milhões da Saúde estadual desde 2015.
Ocorre que o fim dos contratos das entidades com o Estado não
foi o suficiente para fazer cessar o esquema. E essa constatação, para a
juíza Paula Souza Moraes, substituta da 1ª Vara Criminal da Justiça Federal no
Maranhão, é “o mais grave de todos os elementos de provas descobertos”
durante as investigações.
Emserh no comando
Segundo a magistrada, informações obtidas pela CGU “constituem
fortes indícios de que o esquema de desvio de recursos públicos permanece mesmo
após o encerramento do contrato entre a SES e o IDAC, isto é, mesmo após o
rompimento do modelo de administração gerencial por meio de entidades do
Terceiro Setor e a assunção da gestão hospitalar pela Emserh”.
Criada em 2015, aparentemente com o único propósito de fazer
parte da jogada, a ISMC – de propriedade de Ideide Lopes, sogra de Mariano
Castro, ex-assessor especial da SES (relembre)
– foi o destino de mais de R$ 1 milhão apenas nos meses de agosto e setembro de
2017.
O dinheiro, no entanto, não saiu mais de nenhuma entidade, mas
diretamente da Emserh.
Para comprovar os repasses, a CGU entregou à PF extratos de
transferências do órgão diretamente à empresa de fachada.
Após análise do material, os federais concluíram: “MARIANO DE
CASTRO E SILVA, que é a pessoa apontada por ARAGÃO como sendo o centro da
Secretaria de Estado da Saúde, continuou a se beneficiar do esquema ilícito ,
empregando inclusive uma empresa em nome de sua sogra, mesmo após a rescisão do
contrato do IDAC”.
Do blog do Gilberto Léda
Nenhum comentário:
Postar um comentário