quinta-feira, 23 de novembro de 2017

CGU AFIRMA QUE EMSERH CONTINUA COM ESQUEMA APÓS SAÍDA DE TERCEIRIZADAS!


O esquema de pagamentos indevidos a pessoas indicadas por membros da gestão Flávio Dino (PCdoB), com recursos da Saúde, continuou até o ano de 2017, mesmo após o cancelamento de contratos do Governo do Maranhão com terceirizadas como o ICN e o Idac (saiba mais aqui e aqui).

A afirmação é da Controladoria Geral da União (CGU) e consta do inquérito da Polícia Federal que culminou com o desencadeamento da Operação Pegadores, na semana passada. De acordo com o órgão de controle externo do Governo Federal, no caso do Maranhão, o Idac foi substituído pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (SES).
As organizações do terceiro setor são vistas pela PF como responsáveis pela origem da estratégia de desviar recursos por meio de empresas subcontratadas. Segundo os investigadores, por essa via, foram escoados pelo menos R$ 18 milhões da Saúde estadual desde 2015.
Ocorre que o fim dos contratos das entidades com o Estado não foi o suficiente para fazer cessar o esquema. E essa constatação, para a juíza Paula Souza Moraes, substituta da 1ª Vara Criminal da Justiça Federal no Maranhão, é “o mais grave de todos os elementos de provas descobertos” durante as investigações.
Emserh no comando

Segundo a magistrada, informações obtidas pela CGU “constituem fortes indícios de que o esquema de desvio de recursos públicos permanece mesmo após o encerramento do contrato entre a SES e o IDAC, isto é, mesmo após o rompimento do modelo de administração gerencial por meio de entidades do Terceiro Setor e a assunção da gestão hospitalar pela Emserh”.

Criada em 2015, aparentemente com o único propósito de fazer parte da jogada, a ISMC – de propriedade de Ideide Lopes, sogra de Mariano Castro, ex-assessor especial da SES (relembre) – foi o destino de mais de R$ 1 milhão apenas nos meses de agosto e setembro de 2017.

O dinheiro, no entanto, não saiu mais de nenhuma entidade, mas diretamente da Emserh.
Para comprovar os repasses, a CGU entregou à PF extratos de transferências do órgão diretamente à empresa de fachada.
Após análise do material, os federais concluíram: “MARIANO DE CASTRO E SILVA, que é a pessoa apontada por ARAGÃO como sendo o centro da Secretaria de Estado da Saúde, continuou a se beneficiar do esquema ilícito , empregando inclusive uma empresa em nome de sua sogra, mesmo após a rescisão do contrato do IDAC”.

Do blog do Gilberto Léda

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