O deputado federal,
ex-governador, ex-senador e ex-prefeito de São Luís João Castelo (PSDB) era,
inegavelmente, uma das maiores lideranças políticas do Maranhão.
Político
de perfil arrojado, conseguiu marcar sua carreira como um grande “tocador de
obras”, talvez o maior que o estado já viu.
Suas
duas passagens pelo Executivo – o estadual entre 1979 e 1982, e o da capital,
de 2009 a 2012 – deixaram assinaladas na história do Maranhão heranças que são
verdadeiros símbolos da sua gestão. Desnecessário até mesmo citar as
principais, de tão emblemáticas.
Essa
é a imagem do bom administrador.
Mas
o tucano também deixa encravado na memória maranhense um evento que moldou
parta da própria história do nosso estado.
Daqui
a 100 anos, quando nossas crianças forem estudar a política local, ainda se
falará de Greve da Meia-Passagem, naqueles fatídicos dias de setembro de 1979
em que imperou o uso da força – ou o seu abuso, por assim dizer – contra um
movimento estudantil.
É
natural que, em meio às condolências, exaltem-se principalmente os êxitos, os
méritos de uma figura pública como João Castelo. A Greve de 1979, no entanto,
faz parte das bases de muito do que se entende como movimento social em São
Luís hoje. É um capítulo importante da nossa história.
Daqui
a 100 anos, talvez se saiba em que lugar da biografia de Castelo estará esse
fato.
Coluna O Estado
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