sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

DESCASO NA EDUCAÇÃO MUNICIPAL DE SÃO LUÍS: ELIZIANE EVITA CRITICAR SISTEMA DE EDUCAÇÃO MUNICIPAL PARA NÃO CONTRARIAR O PCDOB

Por: AUAL7
Quem se espantou e até se excitou quando a deputada federal Eliziane Gama (Rede) iniciou 2016 se apresentando como pré-candidata a prefeita de São Luís em frente ao prédio-sede do Executivo municipal  – e, logo em seguida, criticou a gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) por causa de um afundamento de asfalto no bairro da Cohama – , imaginou que a parlamentar assumia ali o compromisso de estar ao lado da população que espera por uma administração pública eficiente, de qualidade, e que as mensagens poderiam ser recebidas como um alerta de que ela não mais silenciaria sobre os descasos na atual gestão municipal, e que ela não veio para brincar.Passado pouco mais de uma semana, porém, uma ação de bandidos - que se repetiu um dia depois - em uma escola da rede pública de ensino da capital mostrou que Gama não somente vai continuar brincando de ser pré-candidata, mas que vai também continuar em silêncio quando os descasos, pelo menos, ocorrerem na educação municipal, controlada pelo PCdoB, partido do governador Flávio Dino.

Explica-se:

No início da semana, a Unidade Básica de Ensino (UEB) Pedro Marcosine Bertol, situada na Avenida Camboa, foi arrombada por duas madrugadas consecutivas. De lá, os bandidos levaram toda a merenda escolar da unidade para o mês, parte das panelas, botijão de gás, baldes de armazenamento de pratos e copos, todos os ventiladores e um micro system comprado pela direção e professores para uso no aprendizado dos alunos. Apenas os armários e o congelador não foram levados, mas os poucos que não foram arrombados na primeira ação, foram na segunda, quando os ladrões voltaram a escola um dia depois, levando a merenda escolar que havia sido reposta.
Geraldo Castro Sobrinho
Apesar da gravidade do ocorrido ser maior do que o afundamento do afasto na Cohama, como a Secretaria Municipal de Educação, cujo titular é o professor Geraldo Castro Sobrinho, é gerenciada pelo PCdoB, mesmo procurada insistentemente para se manifestar sobre o assunto, a pré-candidata Eliziane Gama, que nas redes sociais espalhou imagem populista com a legenda de que [não há] "nada como receber o carinho das crianças", silenciou mais que o próprio Geraldo Castro – já que fora a pasta ser dos comunistas, a falta de segurança nas escolas atinge diretamente o governo estadual.
Ainda na educação municipal, também para não contrariar o PCdoB, embora deputada federal, Eliziane Gama deixou de fiscalizar e cobrar a construção das 25 creches do programa Brasil Carinhoso, que deveria ser iniciada por Edivaldo Júnior, com dinheiro federal, desde 2014, mas até hoje só recebeu o lançamento da pedra fundamental. O local virou um lixão a céu aberto e playground de urubus, mas nada que venha provocar a atenção e qualquer critica da pré-candidata.

PCdoB na vice

Se observado o primeiro ano de mandato de Eliziane Gama na Câmara Federal, a cumplicidade com os descasos da administração parece não se resumir apenas na educação.
Desde que seu nome passou a ser sondado para o pleito majoritário de outubro próximo, Gama tem silenciado também sobre outras ações que possam envolver diretamente o partido do governador Flávio Dino, legenda a qual ela declarou, recentemente, que quer ter como vice em sua chapa.
Na saúde, o Hospital Odorico Amaral de Matos, o Hospital da Criança, recebeu R$ 2,3 milhões em recursos federais e deveria ser entregue no próximo dia 12 de fevereiro, mas continua com a reforma e ampliação a passos lentos, e teve somente até agora, isso com recursos do Estado, construído parte do primeiro piso.
Em outro setor primordial, o de obras e serviços públicos, mesmo com a suspeita de estelionato eleitoral e roubo de dinheiro público na construção da Ponte Pai Inácio, o silêncio da pré-candidata também se repete, mesmo tendo ela o dever de fiscalizar e cobrar pela execução de obras e a correta aplicação do dinheiro que sai do bolso daqueles a quem pede agora, novamente, a confiança e o voto.

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