Em seu discurso na sede das Nações Unidas, em Nova York, onde participa da cerimônia de assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança Climática, a presidenta Dilma Rousseff fez uma rápida e firme menção à situação política de seu país. Depois de classificar como “grave” o momento pelo qual passa o Brasil, ela afirmou que a sociedade brasileira saberá impedir retrocessos. E encerrou sua fala agradecendo aos líderes que expressaram solidariedade.
"Não posso
terminar meu discurso sem falar sobre a grave crise que vive o Brasil",
disse a presidenta, em seu pronunciamento de 5 minutos e 40 segundos. “O Brasil
é um grande país, com uma sociedade que soube vencer o autoritarismo e
construir uma punjante democracia. Nosso povo é um povo trabalhador e com
grande apreço pela liberdade. Saberá, não tenho dúvidas, impedir qualquer
retrocesso. Sou grata a todos os líderes que expressaram a mim sua
solidariedade”, completou.
A fala serviu para chamar a atenção do
mundo para a crise política brasileira e despertar ainda mais o interesse da
mídia estrangeira em relação à denúncia do golpe em marcha no país. A
expectativa é de que a presidenta conceda uma entrevista coletiva a veículos de
comunicação internacionais, na qual poderá falar mais com maior liberdade sobre
a situação do Brasil.
Dilma dedicou a maior parte de seu
discurso para elogiar os esforços mundiais na construção do Acordo de Paris -
uma série de ações para combater o aquecimento global - e para expressar o
comprometimento de seu governo com tais medidas. A presidenta classificou o
acordo como uma "histórica conquista da humanidade". As
mudanças, segundo ela, farão com que o mundo se torne mais sustentável.
No pronunciamento, a presidenta reafirmou
a disposição de lutar pelo fim do desmatamento na Amazônia e defendeu uma
política de reflorestamento no país. Ela ainda saudou a iniciativa do governo
francês, que, no ano passado, sediou o evento onde o acordo foi construído. E
ressaltou os esforços do Brasil para a construção de consensos. Veja abaixo a
íntegra da fala de Dilma:
Do Portal Vermelho
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