Pré-candidato a prefeito de São Bento foi preso ontem pela PF. Ele é
acusado de integrar uma quadrilha especializada em fraudar a concessão de
benefícios de pensão por morte
Por: Yuri Almeida
O ex-prefeito de São
Bento, Luiz Gonzaga Barros (PCdoB), deve ser expulso do partido e ficar fora
das eleições de outubro deste ano. Luizinho, como é mais conhecido, foi preso pela Polícia Federal, nessa
terça-feira 15, no bojo da Operação Vínculos. Pré-candidato a prefeito do
partido no município, ele é acusado de integrar uma quadrilha especializada em
fraudar a concessão de benefícios de pensão por morte.
Diferente do que ocorreu com o suplente de
deputado Fernando Furtado (PCdoB), que recebeu a complacência no partido mesmo após proferir discurso de ódio
contra índios e gays no município de São João do Caru, Luizinho Barros não
pode simplesmente lançar nota pedindo desculpas e ter a prisão temporária
— que pode ser transformada em preventiva — abafada pela legenda.
Muito mais que um discurso racista e homofóbico, segundo o delegado federal
Dhiego Job, o ex-prefeito de São Bento teve sua participação na associação
criminosa comprovada pelas investigações, bem como a de escritórios de
contabilidade, de um cartório e de um escritório de advocacia. Pelas
contas de Job, o prejuízo causado aos cofres públicos pelo
comunista e outros oito comparsas chega a R$ 1,5 milhão — e
poderia aumentar para R$ 12 milhões caso a quadrilha não fosse barrada
pela PF.
Por essa razão, o caminho para a expulsão
de Luizinho Barros do PCdoB começou a ser traçado ontem mesmo, com a
decisão do titular da Secretaria de Estado de Comunicação Social e
Assuntos Políticos (Secap), Márcio Jerry, de exonerar o ex-prefeito do
cargo de Superintendente de Articulação Regional que atuava no município de São
Bento, diante das graves acusações e provas que pensam contra ele. Além de
chefe de Luizinho, Jerry é ainda presidente do diretório estadual do PCdoB no
Maranhão.
Em nome da ideologia histórica do partido,
expressada diariamente nas redes sociais, é que Jerry deve abrir o processo de
expulsão do pré-candidato.
Como o prazo de filiação em novo partido
para quem deseja disputar cargo eletivo este ano já terminou desde o dia 4 de
abril, o novo comunista não poderá mais concorrer a prefeito em outubro, já que
há mais como se filiar a outra legenda e nem mesmo recorrer da decisão do PCdoB
em expulsá-lo por ‘justa causa’.
Além disso, fora das eleições, a ocupação
de Luizinho Barros, quando sair da prisão, será outra. Segundo a PF, ele e
os outros envolvidos foram indiciados pelos crimes de estelionato
previdenciário, inserção de dados falsos, associação criminosa e falsidade
ideológica, cujas penas máximas acumuladas podem chegar a 24 anos de prisão,
sem prejuízo de outras infrações penais que forem identificadas após a
deflagração, como lavagem de capitais e organização criminosa.
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