quarta-feira, 2 de julho de 2014

MUDANÇA SEM CONQUISTAR CONFIANÇA! DINO PASSA A PERNA EM PROPRIOS ALIADOS- PELO PODER

Confiança: artigo de luxo na política do tudo pelo poder

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“Política se faz com confiança”. A frase é do ex-presidente José Sarney, dirigida ao presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado estadual Arnaldo Melo, no início deste ano. A afirmação é emblemática e serve para avaliar o cenário atual dos grupos que disputam as eleições ao Governo do Estado.
Flavio Dino tem repetido um comportamento que parece definir como ele faz política – não exatamente com a moeda da confiança. Dino rifou João Castelo da disputa pelo Senado Federal. Prometeu a vaga de vice ao PDT e não cumpriu. Fez proselitismo junto à deputada estadual Eliziane Gama (PPS), prometendo o paraíso em sua coligação, mas a evangélica parece agora condenada ao inferno das lideranças que desaparecem instantaneamente da política.
Ao apoiar a candidatura de Aécio Neves à Presidência da República, o comunista agiu com a presidente Dilma Rousseff como um Don Juan de periferia. Foi nomeado por ela e usou a Embratur para obter visibilidade por mais de três anos. Assim que saiu do cargo, virou as costas ao Governo do PT e foi abraçar justamente a candidatura do maior adversário da presidente nas eleições, Aécio Neves, do PSDB.
Em sua convenção partidária, realizada no último domingo (29), Dino recomendou pessoalmente que alguns supostos aliados fossem delicadamente posicionados longe das fotos ao seu lado. Eram eles: o ex-governador Zé Reinaldo Tavares, antigo fiador da sua entrada na política; o prefeito de São Luís, futuro patrocinador de campanha; o deputado federal Waldir Maranhão, denunciado por envolvimento com doleiros; o deputado federal Weverton Rocha, condenado pelo Ministério Público Federal pelo desvio de mais de 5 milhões e o ex-deputado Julião Amim, flagrado em um vídeo subornando políticos em troca de votos.
Com uma coalização deste nível, confiança é artigo de luxo. Se o comunista não confia em ninguém ao redor como pode querer que a população confie em sua proposta de renovação da política?
Do outro lado da disputa, desponta Arnaldo Melo, escolhido para vice na chapa de Lobão Filho. Melo provou que fidelidade é item obrigatório em seu grupo político. Mesmo tendo sido preterido por Gastão Vieira na corrida para o Senado, o presidente da Assembleia Legislativa calou as intrigas plantadas pela blogosfera comunista que até ontem duvidava de sua coerência. Esse pode ser um bom começo para que se analise, sem infantilidade e fanatismo, como agem os grupos políticos que deverão decidir os destinos do Maranhão.

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