Faltam seis meses para acabar o segundo mandato do prefeito. E o que mudou?
Durante a campanha eleitoral de 2012, reiteradas vezes o então
candidato Edivaldo Holanda Júnior mencionou que uma de suas bandeiras
era a Educação, a preocupação com o ensino das crianças na cidade que
ele viria a administrar.
Com os apelos de Flávio Dino, candidato atual ao Governo do Maranhão,
Edivaldo Holanda Júnior foi escolhido para governar São Luís. Entre o
prometido e o que este jovem prefeito tem feito, há um enorme fosso. A
greve dos docentes, que completou nesta sexta (11), 49 dias. As aulas
dos alunos da rede municipal de ensino não voltarão a acontecer tão
cedo, pelo menos não nesta segunda-feira (14), como estavam previstas.
O Ministério Público resolveu tentar solucionar o impasse. Conseguiu
que os professores apresentassem até a próxima quinta-feira (17) uma
nova proposta salarial e pediu para que a Prefeitura revisse a
possibilidade de novo reajuste. Entretanto, o secretário de Educação,
Geraldo Castro Sobrinho, lamuriou-se relatando que só pode conceder os
3% vigentes e nada mais do que isso. Motivo? O endividamento municipal.
Em tradução livre, a gestão do prefeito Holanda Júnior não conseguiu
conter a sangria de dinheiro dos cofres da Prefeitura, que agora vive
com a corda no pescoço e compromete muito de sua verba com salário do
funcionalismo.
O fato é que a greve continua e os 130 mil alunos da rede pública
municipal já estão com o ano letivo comprometido. Os professores querem
melhoria para si e especialmente para os estudantes com melhorias na
infraestrutura física das escolas e condições salubres para aulas. Mas a
greve não é garantia de que eles consigam isso, vide o exemplo dos
transportes, com a greve dos rodoviários.
Depois de muitas manifestações da população e de rodoviários, a
solução encontrada pela Prefeitura foi reajustar o valor das passagens. O
valor integrado custa hoje trinta centavos a mais do que era antes da
greve. Mas, os benefícios prometidos com esse reajuste não chegaram.
Foram oito dias parados que não deram em nada. Hoje, passageiros
continuam acotovelando-se em ônibus lotados e sem condições higiênicas. A
espera nas paradas não diminuiu em nada e ônibus no prego viraram uma
constante em ruas e avenidas da cidade. A promessa dos 500 novos
veículos para o sistema na capital, já ficou para depois das eleições.
Fica a pergunta: será que a Prefeitura de São Luís cumprirá sua parte
com o Ministério Público e apresentará a licitação urgente e necessária
até o dia 30 de julho de 2014, conforme acordado no terceiro aditivo
feito no Termo de Ajustamento de Conduta?
A julgar pelo jeito mambembe de administrar a cidade e com o
descompromisso com o que foi assumido, teremos uma nova rodada de
desculpas e a constatação plena de que “a mudança” prometida nunca vai
chegar. É claro que estes são problemas comuns a qualquer administração
pública, dirão os defensores do jovem prefeito. Seriam, se Holanda
Júnior não tivesse prometido uma mudança radical em São Luís que, nos
sonhos esperançosos dos iludidos, já poderia agora está começando a se
transformar em uma moderna Curitiba!
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