Contradição, teu nome é Edivaldo Holanda Júnior!
Nesta terça-feira (22), a greve dos professores da rede pública
municipal completa dois meses. São sessenta dias sem aulas regulares na
rede pública do município. Jornais e blogs que só publicam notícias boas
sobre Flávio Dino e Edivaldo Holanda divulgaram fotografias de
estudantes, anunciando a volta às aulas, mas nas ruas professores
continuam as manifestações por seus direitos.
O sindicato dos professores afirma que a adesão ao movimento grevista
é de 80%. Edivaldo Holanda Júnior e seus asseclas, dizem que não passa
de 10%. Nessa guerra de números, a única certeza é que os alunos já
tiveram prejuízos com o período letivo. Antes da greve, já havia uma
clara deficiência no ensino público municipal, ocasionado principalmente
pela condescendência da Prefeitura em permitir que espaços inadequados e
insalubres fossem chamados de salas de aula.
Este blog recebeu até a mensagem de uma mãe inconformada. “Na escola
do meu filho não está tendo aula direito há quatro meses, desde antes da
greve já havia problema porque a escola tinha goteira, infiltração e
faltava até giz”, relatou. A escola fica na Cidade Operária, a Unidade
Escolar Mata Roma. Em muitas outras, a situação é de calamidade. Na
Unidade Carlos Madeira, falta água e as crianças tomam água em uma
cacimba, com um esgoto passando dentro da escola e os banheiros
quebrados. Situação bem diferente da escola particular Rivanda Berenice,
no Recanto dos Vinhais, de propriedade da família do prefeito.
Do dinheiro do FUNDEB (O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) o
prefeito não utilizou nada dos R$ 130 milhões destinados para os
professores. Por respeito à lei, não se deve fazer ilações sobre o uso
indevido destes milhões. Mas a chegada do ano eleitoral parece provocar
uma espécie de letargia na utilização dos recursos públicos. O cofre
começa a fechar e os gestores passam a ser, misteriosamente, mais
avarentos. Um exemplo é o prefeito Holanda Júnior – que tem o segundo
maior salário entre prefeitos nas capitais brasileiras – mas autorizou
apenas o pífio aumento de 3% para os professores, em detrimento dos 8%
que eles pedem.
O mesmo não aconteceu com o reajuste dos valores do transporte
público da capital maranhense, superior a 14%. A Prefeitura fez jogo de
cena, fingindo que não queria a correção nos preços, entretanto, uma vez
concedida, agora não quer se desfazer. O Tribunal de Justiça determinou
que a tarifa fosse reduzida em 48h e o município está recorrendo da
decisão. Agora brigam na Justiça para que o aumento das passagens
permaneça.
Contradição, teu nome é Edivaldo Holanda Júnior.
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