quinta-feira, 24 de julho de 2014

GRUPO DE FARINHAS DO MESMO SACO

O joio e a farinha do mesmo saco

O candidato ao Governo do Estado, Flavio Dino, costuma enaltecer a si mesmo como se o fato de ser “ficha-limpa” não fosse uma obrigação a quem promete “mudar” o Maranhão. Mas o passado recente do comunista aponta para indícios de que ele talvez não tenha sido tão zeloso assim com o dinheiro público.
A própria Controladoria Geral da União (CGU) é que mostra as restrições à atuação de Dino, enquanto presidiu a EMBRATUR. Lá, contratos foram assinados sem orçamento detalhado e preços muito elevados foram praticados, segundo constatação dos auditores.
FARINHA O joio e a farinha do mesmo sacoÀ frente do órgão, o comunista maranhense foi, no mínimo, leniente com a fiscalização das atividades dos servidores comandados por ele, enquanto presidia a EMBRATUR, já que havia claros indícios de irregularidades nos contratos.
Pelo menos dois foram identificados com problemas: um contrato com a manutenção de escritórios brasileiros de turismo no exterior e o acerto feito com a CPM Braxis Outsourcing.
Em 2012 a CGU já havia identificado um aditivo num contrato de serviços de Informática com essa mesma empresa, a CPM Braxis. Dino teria sido responsável direto pelo aditivo que prorrogou um contrato que segundo a CGU era “desvantajoso”.
O descalabro é tanto que até o Senado pediu uma investigação no contrato assinado entre a EMBRATUR e a empresa CPM Braxis. A mesa aceitou o pedido de investigação na sessão da semana passada. O requerimento foi encaminhado para que se apure a legalidade e a economicidade do contrato, que teve aditivo assinado há dois anos.
Só em relação ao pagamento com a Braxis, os auditores da CGU pedem a devolução de R$ 1.750.000,00 (um milhão setecentos e cinquenta mil reais) que foram pagos por “serviços contratados e quantias superiores às reais necessidades do instituto”. Os auditores também constataram “insuficiência da estrutura de controles internos para gestão do patrimônio (…) especialmente quanto à formalização das atividades e à definição clara de responsabilidades”; em outras palavras: colocaram a raposa para tomar conta do galinheiro.
Já que Flávio Dino vive seu momento “cristão”, lembremos da parábola que narra sobre a necessidade de separar o joio do trigo. O problema de Dino é que ele se acha tão superior que se julga trigo, mesmo tendo se comportado como joio. Mas agora, a imagem de “bom moço” começa a virar farinha, não necessariamente de trigo, mas do mesmo saco de vários maus exemplos da política nacional.
Não iremos entrar aqui na questão de seus apoiadores e adeptos de sua candidatura dessa vez, porém, percebe-se que não passam de farinha do mesmo saco, corrupto um, corrupto os outros.

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