Pesquisas eleitorais no Maranhão são frágeis
Nos últimos anos o resultado das eleições mostra que a confiança 
em institutos de pesquisa não é algo assim tão correto. A cada biênio 
pesquisas se contrapõe e os resultados divergem em muito do resultado 
final das eleições. Salvo uma ou outra exceção, o que se vê é um 
festival de erros durante a campanha. No Maranhão de 2014 a coisa parece
 pender para este mesmo caminho.
Pois bem, comecemos com uma análise pessoal. Por quase todos os 
lugares que passo eu costumo perguntar  para as pessoas sobre suas 
opções de outubro. A maioria absoluta afirma que ainda não tem 
candidato. E isso vai desde o pintor e da lavadeira até o empresário e o
 funcionário público de classe média alta. Sem contar os que sabendo do 
meu ofício se aproximam fazendo a pergunta que mais tenho ouvido 
ultimamente: “E essa eleição de governador, Linhares?”.
Obviamente essas são constatações de minha rede pessoal de amigos, 
não são pesquisas de caráter científico e não servem como base para 
absolutamente nada. Mas, no mínimo causa estranheza.
Tenho uma rede de amigos e conhecidos que possui poucos políticos e 
pessoas ligadas à política. Quando quero ver a ressonância de algo, 
sempre fujo de quem é ligado a este ambiente e procuro quem nem liga pra
 isso, mas sabe do que acontece. Essas são as opiniões que valem 
verdadeiramente, o resto é lixo. Mas, vamos adiante.
Além de ouvir, eu também pergunto a outras pessoas sobre o que elas 
têm ouvido por aí. E não é que minha impressão é a mesma da maioria 
delas? “Muita gente indecisa, é isso que eu vejo”.
Como se não bastasse isso, me chama a atenção o fato de que, segundos
 os institutos de pesquisa, cerca de 90% dos maranhenses já decidiram 
seu voto. Caros leitores, a eleição está distante e a maioria absoluta 
dos eleitores comuns não sabe quem é Edinho Lobão e muito menos Zé Luís 
Lago. A campanha ainda não começou e será travada entre dois 
desconhecidos e um candidato diametralmente conhecido. Como, me digam 
como, acreditar em pesquisas estimuladas que contrapõe Flávio Dino, 
Edinho Lobão e Zé Luís Lago?
Elas podem refletir o resultado de outubro? Claro que podem. Contudo,
 não se pode afirmar isso sequer com 50% de certeza. A campanha que está
 por vir será brutal. Edinho, que se tornou candidato aos 45 minutos do 
segundo tempo, terá o maior tempo de televisão. Não teremos Roseana 
Sarney, não teremos Sarney. Os índices de reprovação dos aliados de 
Flávio Dino nas prefeituras governadas pela oposição é grande.
Gostaria de saber se algum instituto fez alguma pesquisa com as seguintes perguntas espontâneas:
1 – Você conhece todos os candidatos que disputam o governo do estado?
2 – Caso a resposta seja afirmativa, quais são eles?
3 – Quais deles você conhece MUITO BEM?
3 – Em qual deles você irá votar?
3 – Você acha que pode mudar de voto?
Pronto, um questionário simples que iria dar uma ideia verdadeira do 
atual cenário. Perdoem-me os “encomendadores” de pesquisas e os 
institutos, mas pesquisa estimulada em uma eleição como essa tem 
resultado óbvio. O candidato da oposição faz campanha e percorre o 
Maranhão desde 2010, o candidato da situação acabou de ser “lançado” e o
 outro é um ilustre desconhecido. Levar em conta pesquisa estimulada 
neste cenário, antes do horário eleitoral gratuito e com a campanha 
ainda morna é ingenuidade.
Seja pelo que vejo nas ruas ou por meio de simples exercícios de 
lógica, estes números apresentados do jeito que estão não refletem em 
nada a realidade.
Vamos esperar e ver…
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