PCdoB se rebela contra PTC e vota reajuste para servidores
Partido que garante a chamada governabilidade à gestão Edivaldo de Holanda Júnior na Câmara de São Luís, o PCdoB voltou a mostrar descontentamento com o Executivo Municipal. Na sessão desta terça-feira (1), os vereadores comunistas se recusaram a votar o projeto de lei que dá apenas 3% de reajuste salarial aos servidores públicos. Dos parlamentares que formam a base de sustentação do governo, apenas Rose Sales e Professor Lisboa, que é vice-líder do prefeito, votaram contra a mensagem do Executivo.
Para Rose Sales, o projeto do Executivo significa um desrespeito aos servidores públicos de São Luís, em especial aos professores da rede municipal. Ela criticou a proposta e afirmou que não gostaria de contribuir com os ‘caminhos tortuosos’ que o prefeito vem tomando.
“O reajuste de 3% é um desrespeito aos servidores públicos de São Luís, em especial aos professores da rede municipal. Confiamos muito no trabalho e na competência do companheiro Geraldo Castro, mas o que existe é um problema de gestão administrativa. Se a Casa aprovar este projeto, eles (servidores) não terão ganho nenhum”, alertou Rose Sales, antes da votação ser concluída.
Durante a apreciação da matéria, a bancada comunista chegou a criticar o percentual apresentado. Ao encaminhar a votação, o líder do governo, vereador Osmar Filho (PSB), disse ser os 3% o índice possível para reajustar os vencimentos.
“Temos de diferenciar o justo do possível, e é certo que o prefeito Edivaldo Holanda Junior queria dar um índice justo e maior, mas, este é o possível, e de que adiantaria anunciar outro índice maior é não poder pagar depois, atrasar a folha, o que seria um atraso, um retrocesso”, disse Osmar Filho.
No auge da discussão, o vereador José Raimundo Alves, o Nato (PRP), questionou o posicionamento do PCdoB na Câmara e afirmou não entender porque os parlamentares comunistas estavam votando contra a matéria.
“Quem critica a Educação são os próprios vereadores do PCdoB, partido que toma conta da Secretaria da Educação desde o início da administração do prefeito Edivaldo, e até agora a situação continua sendo esta. Diante dos posicionamentos de seus vereadores nesta Casa, penso que o PCdoB deveria ser convidado a se retirar da administração municipal ou seus vereadores deveriam pedir para sair do partido”, declarou Nato.
O vereador Francisco Chaguinhas (PSB) disse que quem faz parte da administração tem de arcar com os ônus e os bônus.
“O PCdoB faz duras criticas à administração do prefeito Edivaldo nesta Casa, mas devemos lembrar que o partido faz parte do governo e precisa arcar com os ônus e os bônus”, informou Chaguinhas.