Pela regra eleitoral, candidatos dependem também do desempenho do partido ou da coligação para serem eleitos
Os 31 vereadores
eleitos para assumir uma vaga na Câmara Municipal de São Luís a partir de
2017 não foram, necessariamente, os mais votados da cidade. Trinta postulantes
que não foram eleitos receberam mais votos nominais que candidatos que conseguiram
a vaga. Isso acontece em decorrência do funcionamento do sistema proporcional,
em que além dos votos nominais os candidatos dependem que seu partido ou
coligação alcance o quociente eleitoral para ter direito a uma cadeira no
Legislativo.
O candidato não
eleito que recebeu a maior votação foi o Bispo da Igreja Universal do
Reino de Deus Paulo Luiz (PRB). Com 7.237 votos nominais, ele foi o 8º
candidato mais votado. Entretanto, o Partido Republicano Brasileiro obteve
apenas 16.163 votos, valor menor que o quociente eleitoral, fixado em
21.283.
Por outro lado, o
candidato eleito com o menor número de votos foi Silvino Abreu (PRTB),
escolhido por 2.233 eleitores. Apesar da baixa votação nominal, o Partido
Renovador Trabalhista Brasileiro conseguiu 23.135 votos e assim rompeu o
quociente eleitoral e conquistou uma cadeira na Câmara Municipal.
Entenda o quociente eleitoral
Nas eleições
proporcionais, quando são escolhidos vereadores e deputados, é o partido ou a
coligação que recebe as vagas, e não diretamente o candidato. Segundo o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesse tipo de pleito, o eleitor, ao votar,
escolhe ser representado por determinado partido e, preferencialmente, pelo
candidato por ele escolhido.
Definido o número
de cadeiras a ser ocupada por cada legenda, define-se então quais os candidatos
que assumirão as vagas, respeitando o critério do número de votos.
Em 2016, para
garantir uma cadeira na Câmara de São Luís, partidos e coligações precisaram de
21.283 votos. Este número é o quociente eleitoral, resultado da divisão entre a
quantidade de votos válidos e o número de cadeiras existentes no Legislativo
Municipal.
Bem votados, mas não eleitos
Saiba quem são os
candidatos que mesmo tendo recebido mais votos que candidatos eleitos não
conseguiram uma cadeira na Câmara Municipal de São Luís:
|
|||
Candidato
|
Partido
|
Votos
|
|
Paulo Luiz
|
PRB
|
7.237
|
|
Sebastião Albuquerque
|
PRP
|
5.501
|
|
Paulo Victor
|
PROS
|
4.562
|
|
Armando Costa
|
PSDC
|
4.302
|
|
Rommeo Amin
|
PCdoB
|
4.106
|
|
Batista Matos
|
PCdoB
|
4.075
|
|
Nelsinho
|
PSC
|
4.043
|
|
Katia Lobão
|
PP
|
3.943
|
|
Barbosa Lages
|
PDT
|
3.799
|
|
Marlon Garcia
|
PTdoB
|
3.680
|
|
Joãozinho Freitas
|
PTB
|
3.675
|
|
Professor Lisboa
|
PCdoB
|
3.635
|
|
Hans Nina
|
PMN
|
3.615
|
|
Domingos Paz
|
PEN
|
3.528
|
|
Alex Paiva
|
PMDB
|
3.509
|
|
Dr. Ubirajara
|
PSL
|
3.465
|
|
Pintinho Itamaraty
|
PSDB
|
3.445
|
|
Anderson Martins
|
PCdoB
|
3.341
|
|
Eidimar Gomes
|
PSDB
|
3.284
|
|
Dr. Fernando Lima
|
PCdoB
|
3.190
|
|
Melk
|
PR
|
2.991
|
|
Antonio Garcez
|
PTC
|
2.955
|
|
Pé No Chão
|
PTB
|
2.942
|
|
Vieira Lima
|
PTC
|
2.938
|
|
Dr. Cosmo
|
PHS
|
2.848
|
|
Rômulo Franco
|
DEM
|
2.751
|
|
Luciana Mendes
|
PP
|
2.614
|
|
Osvaldo Muller
|
PT
|
2.583
|
|
Kênia da Cidade Olímpica
|
PCdoB
|
2.415
|
|
Enfermeira Goretti
|
PR
|
2.369
|
Fonte:
DivulgaCand2016/TSE. Infografia: ATUAL7.
Nenhum comentário:
Postar um comentário