O deputado
César Pires (PEN) voltou a criticar, na sessão desta terça-feira (25), o
projeto de lei do Poder Executivo que propõe a criação da Universidade Estadual
da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul). De acordo com o projeto do governo,
a instituição terá sede em Imperatriz, e servirá para reforçar o programa de
regionalização do Ensino Superior no estado.
Em seu
pronunciamento, César Pires foi enfático ao apontar falhas no projeto do
Executivo e criticou, também, o esforço de deputados da base do governo em
tentar aprovar a matéria, de forma açodada, no Plenário da Casa.
“Não faz
sentido esse atropelamento todo para construir uma lei. Não há como negar que
não haverá tempo suficiente para a regularização desta pretendida nova
universidade, dos seus cursos à luz das exigências resolutivas. Eles querem que
comecem a universidade a partir do dia 1º janeiro. Como que vai começar assim,
se a própria estrutura acadêmica vai precisar ter Pró-Reitoria de Graduação, de
Administração, vai ter Pró-Reitoria de Planejamento, Pró-Reitoria
Administrativa e de Finanças?”, questionou.
Em seu
discurso, para reforçar seu ponto de vista, o deputado César Pires, com a
autoridade de quem já foi reitor da Universidade Estadual do Maranhão (Uema),
destacou a tradição histórica do Parlamento maranhense, na defesa de princípios
e valores fundamentais proferidos por grandes tribunos, entre os quais Coelho
Neto e Sotero dos Reis, dentre outros consagrados parlamentares que deixaram
seu nome na História.
“Agora, querem
que façamos nascer a Uemasul sem um conceito academicista que eu digo a V. Ex.ª
que aqui não está tendo. É cruel, Presidente, para mim, poder ver a força bruta
ser utilizada para parar aquilo que ainda pode-se dizer de resto da
intelectualidade deste Parlamento. Que Deus perdoe o desespero. Que Deus
compreenda aquilo que eu disse. Que Deus compreenda que um dia por aqui passou
Sotero dos Reis, Coelho Neto e muito outros, cujas histórias estão sendo
negadas”, discursou César Pires.
“Se seus
corpos, se ainda existirem cinzas ou resquícios de alguma coisa que um dia foi
material humano, devem estar flutuando dentro de seus caixões, se ainda
existem, mas dizendo assim: Deus, o César está certo. Perdoe a insanidade de
muitos”, declarou o deputado, ao encerrar seu pronunciamento.
Fonte: Maranhão Hoje
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