quinta-feira, 1 de outubro de 2015

FLÁVIO DINO SEGUE ESVAZIANDO A CONFIANÇA E O APOIO DE SEUS ALIADOS

Por: Gilberto Léda
Vai chegando ao fim o primeiro ano do governo Flávio Dino (PCdoB) e se não tem lá muitos feitos efetivamente seus para mostrar, o comunista vai colecionando crises que minam a sua gestão.
Nada se compara, contudo, com um movimento silencioso, mas que, se não estancado a tempo, pode começar a ruir as bases do que foi o grupo que o fez tudo na política.
Enquanto apropria-se de obras do governo Roseana Sarney (PMDB), persegue adversários, cria um estado policialesco e promove um festival de insatisfações Maranhão adentro com uma política exclusivista que pretende fazer do PCdoB a maior força política do estado – mesmo que na marra -, Flávio Dino vai deixando de lado a tríade que lhe garantiu forças para alçar o voo que o levou de juiz federal a governador do Maranhão.
O deputado federal José Reinaldo (PSB), o estadual e presidente da Assembleia Humberto Coutinho (PDT) e o empresário agropecuarista Dedé Macedo não estão lá muito católicos com o comunista.
Cada um por um motivo diferente.
O socialista reclama de falta de espaços e do esvaziamento do sobrinho, o chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares (PSB).
Coutinho, de desprestígio da Assembleia. Ele simplesmente não consegue resolver com o Executivo as demandas de parlamentares aliados.
E Dedé Macedo… Bem, vocês devem saber por quê.
José Reinaldo e Humberto Coutinho foram os artífices da eleição de Dino como deputado federal, em 2006. Foram eles que arregimentaram os prefeitos que garantiram ao então juiz federal os votos para a sua vitória nas urnas.
Juntos, eles aliaram-se, então, a Dedé Macedo, já em 2010, e conseguiram, em 2014, viabilizar financeiramente a eleição de Flávio Dino governador.
Ao esquecer a importância desses aliados e relegá-los a um segundo plano no seu governo, o comunista começa, ele mesmo, a destruir suas bases de sustentação.
E uma pequena rachadura nesse tipo de alicerce, pode ser o prenúncio de um irreversível desmoronamento.

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