Por
Maura Jorge*
…Mas é
preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana sempre…, cantou Milton, e eternizou
Elis Regina, uma música que mais parece um tributo a nós, mulheres maranhenses.
Sou do interior do Maranhão, da
minha querida Lago da Pedra. Carrego no sangue a bravura da mulher interiorana,
conheço de perto a luta diária de nossas corajosas mulheres, que ao custo de
suor e lágrimas mantêm a casa em ordem, e ajudam a por a comida na mesa.
É de força, prece e esperança
que as mulheres maranhenses são feitas!
Força para transpor a barreira
do preconceito, para exigir igualdade e para contrapor as agressões físicas e
morais; Prece aos céus para que chova na lavoura, para que os filhos tenham o
que comer, e que sua descendência tenha um bom futuro, como fala dona
Francisca, do Bairro Waldir Filho, ao abençoar os seus;
E esperança em um Maranhão de
oportunidade, onde a atenção aos menos favorecidos, a preocupação com a pauta
feminina, e o desenvolvimento do estado, saiam do discurso, deixem o papel, e
sejam sentidos na prática.
A mulher maranhense também é
alegria, é festa, é tradição!
Remeto-me as cavalgadas do
interior do do nosso estado. Em Lago da Pedra temos, anualmente, a cavalgada
das mulheres, onde nos reunimos e percorremos o município, mantendo viva a
cultura regional, ao tempo em que o ato também representa uma manifestação pela
igualdade entre homens e mulheres, em todos os setores da sociedade.
E a verdade sobre nós,
mulheres, é que somos lindas! Somos fortes! Somos valentes! Somos inteligentes!
E como diz a sequência da
canção: …Quem traz na pele
essa marca possui a estranha mania de ter fé na vida!…
Um brinde
a nós, mulheres maranhenses!
*Ex-prefeita,
ex-deputada estadual e presidente regional do PTN
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