quinta-feira, 23 de julho de 2015

GIRA O MUNDO-GOVERNO DA COLÔMBIA RETOMA NEGOCIAÇÃO COM A FARC PELA PAZ EM CUBA

Governo colombiano e Farc retomam negociações de paz em Cuba
Delegados discutem três temas simultaneamente.
Partes alcançaram acordo para desescalada de conflito
O governo da Colômbia e a guerrilha das Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc) retomaram nesta quinta-feira (23), em Havana, suas negociações de paz visando alcançar acordos definitivos depois de uma desescalada das hostilidades no país.
Delegados dos dois lados começaram a abordar simultaneamente três temas - o fim do conflito, justiça e indenização das vítimas - em mesas de trabalho separadas a fim de agilizar as negociações.
Desde que os diálogos de paz começaram, em 2012, o governo e as Farc entraram em acordo sobre outros três pontos da agenda. Cuba e Noruega são avalistas do processo de paz, no qual Chile e Venezuela são acompanhantes.
No último dia 13, o governo colombiano e as Farc alcançaram um histórico acordo para uma desescalada do conflito armado, que havia se intensificado e colocava em risco o processo de paz.
Esta é a primeira vez que o governo colombiano de Juan Manuel Santos aceita reduzir as operações contra a guerrilha desde o início do processo de paz, em 2012.
No entanto, o presidente colombiano advertiu que a continuidade do processo de paz está condicionada a que a guerrilha cumpra nos próximos quatro meses o acordo histórico alcançado em Cuba.
As Farc, a maior guerrilha desse país, mantiveram durante cinco meses uma trégua unilateral, período em que as ações armadas diminuíram drasticamente, mas a levantaram em maio depois de sofrer uma série de ataques das forças militares.
O governo e as Farc se acusam mutuamente de ter começado a escalada de um conflito armado que é o último da América e que deixou em meio século 220 mil mortos e seis milhões de deslocados.
As Farc reiteraram sua disposição de deixar as armas assim que for assinado um acordo de paz com o governo da Colômbia, mas exigiu garantias de que seus militantes não correrão riscos ao se incorporar à vida política.

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