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O vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Sílvio Costa (PSC-PE), defendeu na manhã desta sexta-feira (17) o afastamento do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), após a suspeita de que o deputado teria cobrado um pagamento de US$ 5 milhões (R$ 16 milhões) do lobista Júlio Camargo, preso na Operação Lava Jato.
Costa disse que não fala em nome do governo e seu posicionamento é pessoal. De acordo com o deputado, um dos principais oposicionistas de Cunha dentro da Câmara, o presidente da Casa não tem condições de continuar no cargo.
— A primeira providência que eu estou tomando aqui, enquanto parlamentar, é pedir o afastamento temporário do presidente Eduardo Cunha, enquanto a Operação Lava Jato não for concluida.
Costa argumentou que todas as vezes em que um ministro é acusado de algo ilícito, a primeira providência que o Parlamento toma é pedir o afastamento do ministro. Para Costa, a prerrogativa deve ser a mesma para parlamentares apontados em casos de corrupção.
O vice-líder afirmou que “por muito menos” o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcante deixou o comando da Casa. Cavalcante renunciou ao cargo em 2005 após denúncia de recebido dinheiro para prorrogar a concessão de um restaurante da Câmara.
Costa declarou que consultará jurista para verificar as condições legais de um possível afastamento.
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