Por: Diego Emir
O jornal Correio Braziliense trouxe na edição desta sexta-feira (4), a
informação de que o governador Flávio Dino (PCdoB) foi denunciado por suposto
indevido de passagens aéreas no período em que foi deputado federal. A
Procuradoria Regional da República na 1ª Região (PRR-1) pediu ao Tribunal
Regional Federal da 1ª Região que seja feito “o exame das condutas” de cerca de
100 deputados federais e mais quatro governadores que foram parlamentares
durante o período da chamada “farra das passagens”. O Ministério Público pede
que o caso dos governadores, todos ex-parlamentares, seja remetido ao Superior
Tribunal de Justiça (STJ), porque lá é o foro apropriado.
A denúncia envolve nomes importantes, como o do secretário do Programa
de Parceria de Investimentos (PPI), Wellington Moreira Franco, o do ex-ministro
Antônio Palocci, preso em Curitiba; o do ex-governador Agnelo Queiroz (PT), o
do ex-deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba, o prefeito reeleito
de Salvador (BA), ACM Neto (DEM) e do pré-candidato do PDT à presidência da
República em 2018, Ciro Gomes.
De acordo com o documento, os governadores são Rodrigo Rollemberg
(PSB-DF), Flávio Dino (PCdoB-MA), Jackson Barreto (PMDB-SE) e Sueli Campos
(PP-RR). Os conselheiros de contas são Mário Negromonte (BA) e Waldir Barbosa
(MS). Todos foram deputados no período investigado pelo Ministério Público.
A assessoria de Rollemberg disse que ele “considera legítima
e saudável toda investigação de possíveis casos de uso indevido de dinheiro
público”. “Durante todo o período de exercício do cargo de deputado federal,
usou as cotas de passagem exclusivamente em atividades parlamentares”,
afirmou em nota. Segundo os auxiliares do ex-parlamentar, ele foi ao exterior
em dezembro de 2007, mas a trabalho. O evento era a Conferência Parlamentar
Internacional sobre Mudanças Climáticas, no Parlamento Britânico, em Londres. “Rollemberg
representou o Congresso Brasileiro e foi palestrante no encontro internacional.
Em nenhum momento foram expedidas passagens para familiares.”
O ex-governado do Distrito Federal Agnelo Queiroz disse ao jornal que
estava em reunião e não poderia prestar esclarecimentos naquele momento.
O governador Flávio Dino disse que usou sua cota de passagens “exclusivamente
em atividades políticas e parlamentares”, incluindo o uso de terceiros.
Mário Negromonte e Waldir Barbosa não foram localizados.
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