Por: Luís Pablo
Engana-se quem pensa que o governador
Flávio Dino se licenciou do cargo para prestigiar o presidente da Assembleia
Legislativa, Humberto Coutinho, que assumiu o comando do Estado para ficar por
três dias (até sábado).
Flávio, na verdade,
não quis passar constrangimento na comemoração dos 203 anos do Tribunal de
Justiça do Maranhão. A solenidade ocorre hoje, dia 4, e entregará medalhas a
magistrados, servidores, autoridades (entre elas o próprio governador) e
personalidades que contribuíram com a Justiça.
O
constrangimento de Flávio Dino tem nome e sobrenome: Gilmar Mendes, presidente
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ministro revelou na semana passada em
entrevista à Folha de S.Paulo, que o “governador do Maranhão, Flávio
Dino, me disse que não há nenhum desembargador ganhando menos do que R$ 55 mil
no Estado. O teto nacional é de R$ 33 mil.” Relembre aqui.
Isso deixou os
desembargadores maranhenses indignados. Flávio “queimou” os magistrados para um
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda falou que o “judiciário
brasileiro é um macrocéfalo com pernas de pau. É o mais caro do mundo. E muito
mal estruturado. Há uma distorção completa.”
O Tribunal de
Justiça do Maranhão se posicionou sobre esse fato, mas emitiu uma nota muito
“fria” e sem falar que o governador “faltou com a verdade”. E o pior ainda é
que o governo sequer encaminhou uma nota para falar sobre a declaração de
Gilmar Mendes, deixando a entender – claramente, que Flávio Dino realmente
falou para o ministro que os membros do TJ-MA ganham mais de R$ 55 mil.
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