Por: Gilberto Léda
É fato que o (ainda) presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), caiu em desgraça em tantas esferas quantas possíveis depois de anular o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT): da política à partidária, passando pela familiar, com a exoneração de um filho do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA).
Mesmo assim não se pode dizer que o progressista vá sair sem nada da cruzada em que se meteu.
Mesmo que perca a legenda – em caso de expulsão do PP -, e ainda que seja apeado da vice-presidência da Câmara, Waldir tem a certeza de que poderá contar com a mão amiga do governador Flávio Dino (PCdoB).
Em última análise, foi o comunista quem enfiou Waldir nessa enrascada no momento em que o levou para conversar com o ex-presidente Lula (PT) para articular sua mudança de voto em relação ao impedimento (reveja).
E como o perfil de Dino é o de não desamparar quem o acompanha nas batalhas mais duras – que o digam Dilma e (por que não lembrar) o prefeito Cleomar Tema -, não será estranho se Maranhão desembarcar em breve no Governo do Estado.
A Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Sectec) é desejo do deputado. Mas não seria demais imaginar que, pelo papel que desempenhou, ele pode galgar postos até melhores.
A Secretaria de Educação, quem sabe.
Isso sem contar a quase garantida vaga de candidato a senador – possivelmente ao lado do próprio Dino – em 2018.
Mas tudo depende do desenrolar das coisas em Brasília. Que, por ora, não estão nada previsíveis.
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