segunda-feira, 30 de maio de 2016

A ESQUERDA GANHA ESPAÇO PARA UMA CANDIDATURA MAJORITÁRIA EM SÃO LUÍS

Por: Diego Emir
Eliziane Gama (PPS), Edivaldo Holanda Júnior (PDT), Wellington do Curso (PP), Rose Sales (PMB) e Fábio Câmara (PMDB), esses são – até então – os principais candidatos à Prefeitura de São Luís e todos têm algo comum: nenhum deles representa de fato a esquerda. Mesmo que se acrescente Bentivi (PHS) e Eduardo Braide (PMN), a esquerda ainda vai estar carente de um candidato. Surgiu então uma oportunidade única, a criação de uma frente legítima de esquerda para entrar na disputa municipal e esta obrigatoriamente tem de ser encabeçada pelo PT e PSOL
Honorato, hoje é o nome do PT mais próximo da população ludovicense. Possui condições de disputar a Prefeitura e representar a esquerda
Vale lembrar que residia em Bira do Pindaré (PSB), a esperança da esquerda ter um nome na corrida eleitoral na capital maranhense. Mas já ficou claro que o deputado estadual não terá chance nenhuma de disputar o cargo, uma vez que sob controle do senador Roberto Rocha, o partido deve fazer uma aliança com Eliziane Gama.
Ex-presidente da OAB, Mário Macieira, é um dos nomes mais qualificados da esquerda para entrar no debate
Diante desse cenário, o Partido dos Trabalhadores precisa entender que a necessidade de uma candidatura própria em São Luís não é uma opção, mas sim uma obrigação. O PT vive a necessidade de passar por um processo de reconstrução, por isso concorrer ao cargo de prefeito nas capitais é extremamente necessário para construir esse discurso e por no debate a sua ideologia.Outros partidos como PDT e PCdoB que vem se postando à esquerda, não possuem nenhum compromisso com a ideologia na capital maranhense, ambos estão aliançados em torno do projeto de Edivaldo Holanda Júnior, que só declarou apoio a presidente Dilma por interesses políticos. No entanto, após a eleição, a única coisa que fez foi não abrir o dialogo com o PT.
Uma candidatura de esquerda precisa atacar, de modo explícito e decidido, o atual modelo de gestão subordinado aos interesses de grandes grupos privados que está sendo imposto no país e em São Luís. A defesa do direito à cidade, a serviços e bens públicos que permitam condições dignas de vida para a população devem seguir como norte.
Com bom desempenho em 2014 na disputa para governador, o advogado Luís Pedrosa vem se destacando e mostrando que pode ser uma opção da esquerda
Atualmente, o PT e o PSOL são únicos que tem condições de oferecer nomes suficientes que possam nortear esse debate. O vereador Honorato Fernandes (PT), o deputado estadual Zé Inácio (PT) e os advogados Mário Macieira (PT) e Luís Antônio Pedrosa (PSOL), podem ser os grandes representantes da esquerda em São Luís.
PT e PSOL estão diante de uma oportunidade única. Momento em que a democracia demonstra fragilidade, a esquerda pode mostrar que está viva e combativa. Os dois partidos precisam aparar as arestas e juntos construírem uma pauta programática para São Luís, a capital maranhense precisa desse debate.
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O único deputado estadual do PT, Zé Inácio, surge como possibilidade para representar o partido e a esquerda na disputa da capital
Nesse cenário ainda é possível incluir o PCB, que vem desenvolvendo papel importante ao lado do PSOL nas últimas eleições. E se o PSTU tivesse amadurecimento necessário, mais esse poderia ser incluído no processo.
É necessário frisar que caso ocorra essa união, a candidatura de esquerda em São Luís pode ir muito mais além de um papel figurativo, uma vez que mais de 18% da população ludovicense ainda está indecisa em quem vai votar e outros 8% que eram de Bira, podem acabar sendo transferidos para um novo nome posto na disputa. Esses são dados da pesquisa Escutec divulgada no dia 11 de abril sob o número MA-01393/2016.

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