quarta-feira, 4 de maio de 2016

CRESCE A DISPUTA DE FORÇA ENTRE ANDREA MURAD E FÁBIO CÂMARA DENTRO DO PMDB PELA A VAGA DE CANDIDATO A PREFEITO DE SÃO LUÍS


Por: Ribamar Corrêa
Independente do fato de que o comando do PMDB só se voltará para a escolha do candidato a prefeito de São Luís após o desfecho do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em curso no Senado da República, uma luta aberta está sendo travada dentro do partido pelos dois pretendentes à vaga de candidato, a deputada Andrea Murad e o vereador Fábio Câmara. Os dois medem força dentro do partido e agora parecem dispostos a ganhar as ruas, onde pretendem encontrar suporte aos seus projetos de candidatura. Querem chegar ao Dia D, que deve ocorrer em meados de junho, em condições de brigar efetivamente pela vaga de candidato pemedebista, ganhando o apoio interno e externo para seguir em frente na disputa pela Prefeitura de São Luís. A deputada Andrea Murad sai de uma posição de cautela para jogar o seu projeto de candidatura nas ruas, enquanto o vereador Fábio Câmara tenta se cercar de todos os instrumentos – entre eles a presidência municipal do PMDB – para consolidar sua pretensão.
A luta que terminará com a escolha do candidato do PMDB a prefeito de São Luís não será fácil. Os aspirantes Andrea Murad e Fábio Câmara vão se desdobrar para ganhar a vaga, e terão o ex-deputado Ricardo Murad e o senador João Alberto medindo forças nos bastidores. Andrea Murad tem forte ligação política com o pai e não vai abrir mão da sua influência e experiência no embate. Fábio Câmara está certo de que contará com o apoio do presidente do PMDB. A deputada teria o aval do ex-presidente José Sarney e da ex-governadora Roseana Sarney, enquanto o vereador ouviu dos dois também palavras de estímulo para seguir em frente, o que para ele também funciona como aval ao seu projeto de candidatura.
Até aqui se movendo timidamente como pré-candidata a prefeita, a deputada Andrea Murad iniciou uma guinada na sua postura quando, na semana passada, decidiu montar uma intensa programação visitas a meios de comunicação, organizações civis, entidades de classe e, principalmente, os bairros de São Luís, com o objetivo de conversar com o eleitorado e reunir informações para montar uma plataforma de Governo. Ao mesmo tempo, a incursão pelos diferentes segmentos da sociedade para fazer contato direto com os mais interessados na eleição, deverá servir de base para avaliar a receptividade do seu projeto de candidatura pelo eleitorado. Andrea Murad sabe que o mundo dos bairros, das dificuldades, dos problemas é bem diferente do que ela vivencia diariamente no plenário da Assembleia Legislativa, onde faz oposição cerrada ao Governo do Estado e às vezes à gestão na Prefeitura de São Luís. Na vida parlamentar, o embate é verbal e não tem consequências, mas na corrida pelo voto a realidade é bem mais complexa, e a deputada sabe disso, pois acumula experiência de quem já disputou a Prefeitura de Coroatá (2004). Bonita, elegante, com porte de miss e com formação na área de publicidade, a deputada Andrea Murad tem potencial para fazer uma campanha produtiva.
Por seu turno, o vereador Fábio Câmara, que tem hoje o comando – mas não tem o controle – do partido em São Luís tem perfil radicalmente diferente do da sua concorrente no PMDB. Vereador, negro e com vivência nas bases que alimenta em bairros tradicionais e regiões periféricas, e dono de visível habilidade para se relacionar com pessoas, Fábio Câmara vive um dia a dia do contato direto com a população, aproveitando todas as oportunidades para metralhar verbalmente contra o prefeito Edivaldo Jr. (PDT), que está em segundo lutar nas pesquisas, mas visto por muitos como favorito na corrida eleitoral. Câmara conquistou parte da nata do PMDB, já viveu momentos de altos e baixos com a sua pré-candidatura; enfrenta na estrutura partidária adversários ferozes do seu projeto, mas de uns dias para cá tem mostrado fôlego, dando a entender que acredita piamente que será o escolhido do partido a prefeito de São Luís.
Não será uma disputa fácil, principalmente pelo poder de fogo de quem comanda a retaguarda de cada. Mas ninguém duvida que essa medição de força interna será saldável para o PMDB, principalmente se a presidente Dilma Rousseff for afastada, pois nesse cada o partido vai ganhar musculatura para entrar com peso na corrida ao Palácio de la Ravardière.

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