Por: Jorge Aragão
O deputado estadual Max Barros (PRB) deu uma verdadeira aula de democracia, cidadania e até mesmo constitucional ao colega deputado Bira do Pindaré (PSB), único parlamentar que foi à Tribuna ainda questionar a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT).
Max Barros iniciou o pronunciamento lembrando que o Congresso Nacional cumpriu a vontade popular, mas fez isso dentro das normas constitucionais, inclusive respaldado pelo Supremo Tribunal Federal, por diversas vezes acionado pela defesa da petista.
“Não havia outro caminho a ser tomado, a população foi as ruas e de acordo com institutos de pesquisas mais de 80% da população queria o impeachment. Um processo que foi feito todo dentro da legalidade, da legitimidade, que foi aprovado por mais de dois terços na Câmara Federal, que foi aprovado com mais de dois terços do Senado, mostrado a pujança das nossas instituições. E todo ele foi fiscalizado pelo Supremo Tribunal Federal, que deu os parâmetros para que esse processo pudesse continuar. Não havia outro caminho senão o impeachment da presidente Dilma, que levou o Brasil à situação que está hoje, crise econômica, crise social, crise moral e, acima de tudo, a falta de esperança do nosso povo”, assinalou.
No discurso praticamente perfeito, Max Barros salientou que o vice-presidente tem sim legitimidade para assumir, não só pela constituição, mas também pela vontade popular do voto.
“A Constituição diz que quando um presidente sofre o impeachment, quem tem que assumir é o vice-presidente. E não adianta dizer que não há legitimidade. A chapa que foi eleita e foi votada não foi só a Dilma, foi a Dilma e o Temer, que fazia parte da chapa. Ela se elegeu também com os votos do PMDB. E se nós somarmos a votação de todos os deputados que tiveram individualmente na Câmara Federal, supera e muito o que teve a presidente Dilma”, destacou.
Max Barros finalizou com chave de ouro afirmando que nenhum político, por ter sido eleito, tem o salvo conduto para cometer irregularidades.
“O mandato eletivo não quer dizer salvo conduto para cometer irregularidades. Qualquer deputado estadual, deputado federal, governador ou presidente da República que cometer a irregularidade, não está acima da Constituição. Ele tem que se submeter a ela. O Brasil saiu mais forte, porque mostrou que está tendo uma democracia madura, que mesmo no momento de maior crise, de maior dificuldade, as instituições funcionam dentro da lei, da ordem, dentro da Constituição”, finalizou.
E assim Max Barros concluiu a aula gratuita para o colega Bira do Pindaré que parece não ter aprendido com os erros políticos do líder do seu grupo político, o governador Flávio Dino (PCdoB).
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