Papa Francisco diz que comunistas ‘roubaram’ bandeira do cristianismo da Igreja Católica
Por Yuri Almeida
Em entrevista ao jornal italiano ‘Il Messaggero’, publicada neste domingo (29),
para marcar a festa de São Pedro e São Paulo, o Papa Francisco rejeitou
a ideia de que a sua preocupação com os pobres tenha algum traço de
comunismo e declarou que os comunistas ‘roubaram’ a bandeira do
cristianismo da Igreja Católica.
A declaração foi dada dias depois de a influente revista ‘Economist’
afirmar que o Papa fala como Lenin no que diz respeito às críticas ao
comunismo. Como resposta, Francisco recordou que a causa dos pobres era
cristã muito antes de ser de qualquer tendência política.
ESSE ‘SANTO’ QUER REZA De olho nos votos de católicos, até bandeira do
Maranhão comunista entregou ao Papa. Foto: Reprodução
Maranhão comunista entregou ao Papa. Foto: Reprodução
‘Eu só posso dizer que os comunistas têm roubado a nossa bandeira. A
bandeira dos pobres é cristã. A pobreza está no centro de o Evangelho’,
afirmou ele, aludindo à passagem de Mateus, 25: ‘Tive fome, tive sede,
estava preso, estava doente, estava nu’.
A declaração direta do Papa cai como uma bomba no colo do
pré-candidato pelo PCdoB ao governo estadual, Flávio Dino, que há alguns
meses explorou o quanto pode o registro acima, de um ‘casquinha’ que
conseguir tirar do líder máximo da Igreja Católica, aproveitando-se de
sua passagem pelo Brasil na Jornada Mundial da Juventude.
‘Os comunistas dizem que tudo isso é comunismo. Claro, vinte séculos
mais tarde. Então, quando eles falam, pode-se questionar: ‘mas então
você é cristão”, disse ainda o Papa Francisco, rindo da incoerência
comunista, segundo a vaticanista Franca Giansoldati, que fez a
entrevista.
Na história da formação dos países, apenas governos declaradamente
comunistas tentam impor o chamado Ateísmo de Estado, que é a promoção da
‘não-crença em Deus’ por um governo.