Menina de apenas um ano está internada com pedra na vesícula e aguarda por um exame de tomografia computadorizada há 14 dias
Por: Yuri Almeida
A falta de atendimento adequado por
parte da Secretaria de Estado da Saúde (SES) pode levar uma criança a
morte, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Vinhas, em São Luís.
Internada na
unidade desde o último dia 14, a menor H.L.L.A, de apenas um ano de idade, foi
encaminhada para a UPA do Vinhais após não conseguir atendimento em outra
UPA da cidade, localizada na Cidade Operária. Ela possui pedra na
vesícula, tendo inclusive uma dessas pedras já presa no duto biliar, bloqueando
o fluxo da bile para o intestino.
Durante todo
esse período, a criança aguarda por um exame de tomografia computadorizada,
para saber se existe inflamação ou não vesícula. Contudo, até o momento, a
direção da UPA tem apenas jogado a criança de um lado para o outro, sempre com
uma desculpa diferente para a não realização do exame. As alegações já
foram muitas: primeiro disse que não havia médico; depois que já
havia médico, mas não tinha aparelho para a realização do exame; depois
que já havia o aparelho, porém a unidade estava sem pediatra para acompanhá-la;
depois informou já haver pediatra, porém que necessitava a presença de outros
membros da equipe médica.
Até a falta de
maca foi dada para a mãe como justificativa para a não realização do
exame.
O
ATUAL7 solicitou por e-mail à Secretaria de Estado de Comunicação e
Assuntos Políticos, e diretamente ao titular da SES, Carlos Lula, um
posicionamento sobre o assunto e aguarda retorno.
A criança já
está pálida, com febre alta e chora a todo momento, provavelmente pela dor
intensa que ocorre enquanto a pedra permanecer no duto. Quando isso
acontece, o sintoma frequente é uma dor intensa do lado direito
superior do abdome, que pode ainda irradiar para a parte de cima da caixa
torácica ou para as costelas.
Apesar de
estar internada no local há duas semanas, segundo funcionários da unidade que
procuraram o ATUAL7 para denunciar o caso, a menina sequer teve registrada a
sua entrada num prontuário. Esses funcionários afirmam que essa é uma
nova estratégia adotada pela SES para não gerar estatística, em caso de
morte de pacientes.
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