quarta-feira, 23 de março de 2016

Reitora da PUC envia ofício a Alckmin repudiando ação da PM!!!

Por Jornal GGN
Anna Cintra, reitora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), enviu um ofício ao governador Geraldo Alckmin repudiando a ação da Polícia Militar na frente da universidade na noite da última segunda-feira (21). A PM utilizou balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio contra um grupo de estudantes que protestava contra um ato pró-impeachment.
"Vimos manifestar o nosso descontentamento com as ações da Polícia Militar (...) em que alunos foram vítimas de bombas, tiros de borracha e gás lacrimôgeneo", escreveu a reitora, acrescentando que lamenta o ocorrido e que é contra "qualquer ato de violência".
Alexandre de Moraes, secretário de Segurança Pública, disse que a ação foi legítima. "Não há nenhum direcionamento em relação a nenhum grupo", afirmou. Segundo o G1, Moraes se irritou quando questionado se os policiais não poderiam usar água ou outros meios para dispersar os manifestantes.
Polícia acabou com protesto jogando bombas de gás e balas de borracha. 'Somos contra qualquer ato de violência', escreveu a reitora Anna Cintra.
 
A reitora da Pontífícia Universidade Católica (PUC-SP), Anna Maria Marques Cintra, enviou nesta terça-feira (22) um ofício ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, repudiando a ação da Polícia Militar para acabar com protesto de alunos na noite de segunda-feira, na frente da universidade em Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo.
Um grupo de alunos iniciou o protesto contra o governo federal e logo foram rebatidos por grupo a favor do governo. A PM usou spray de pimenta, bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha para dispersar os estudantes que eram contrários ao governo.
"Vimos manifestar o nosso descontentamento com as ações da Polícia Militar frente às manifestações no último dia 21 de março em nossa universidade em que alunos foram vítimas de bombas, tiros de borracha e gás lacrimogêneo. Nesse sentido, a Reitora da PUC-SP lamenta o ocorrido, além de ser contra qualquer ato de violência", escreveu a reitora.
Nesta terça-feira, os alunos da PUC fazem um novo protesto, dessa vez contra a Polícia Militar, na frente da universidade.
O secretário de Segurança do Estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, afirmou nesta terça-feira que a ação da PM na PUC foi legítima. "A ação da PM foi legítima", disse ele à imprensa, após posse de novos 1.028 policiais civis e técnico-científicos.
Na ação, a PM usou bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta e balas de borracha contra os manifestantes que defendiam o governo Dilma.
"A gente tem que parar com este absurdo de querer acusar a polícia de problemas que alguns manifestantes criam. Na quinta-feira passada, na mesma PUC, nós tivemos uma manifestação a favor do governo federal, com 400 pessoas sem nenhum problema", disse Moraes.
"Ontem (segunda-feira) era outra manifestação, pessoas da PUC contrárias ao governo federal. Durante o ato, um grupo a favor do governo quis evitar esta manifestação, inclusive um dos participantes quis subir no carro de som do outro grupo é isso não é possível", afirmou o secretário.
Segundo ele, isso começou a gerar animosidade e podia gerar uma briga e a PM atuou para dispersar. "Não há nenhum direcionamento em relação a nenhum grupo", disse ele, que afirmou que a PM agiu para "evitar badernas e evitar brigas", salientou ele.
Moraes ficou nervoso com as perguntas da imprensa em relação à ação da PM, quando questionado sobre se os policiais não poderiam usar água ou outros meios para dispersar os manifestantes.
Questionado sobre se não tinha outra forma de dispersar os manifestantes, ele falou "não tinha". "Não tinha porque tinha a necessidade de se evitar que os dois grupos entrassem em conflito físico. A Polícia fez o absolutamente necessário. Tanto fez que não há feridos", disse.
Em relação a bombas de gás lacrimogêneo usadas e que invadiram casas da região e prédios da universidade, ele disse que "obviamente, toda vez dois grupos forem entrar em conflito a polícia precisa agir e vai agir".
Balas de borracha
A Polícia Militar informou, em nota, que utilizou bombas e balas de borracha para conter estudantes durante uma manifestação, na noite de segunda-feira (21), em frente à PUC-SP. Policiais isolavam manifestações de grupos contra e a favor do governo federal, quando o tumulto começou.
Cerca de 250 pessoas, segundo a corporação, faziam um protesto contra o governo federal, quando outro grupo de cerca de 30 pessoas passou a hostilizá-los. Segundo relato de estudantes, a PM fez uma barreira em meio aos dois grupos e usou bombas, balas de borracha e spray de pimenta contra parte deles, depois que os jovens passaram a arremessar garrafas e latas.
Em nota, a PM afirma que "policiais militares precisaram conter as agressões, com a utilização de bombas e elastômeros (balas de borracha), dispersando o grupo."
Em nota, a PUC-SP lamentou os “episódios de violência” e relatou o desentendimento de grupos políticos rivais posteriormente dispersados pela PM. De acordo com a instituição, diversos alunos, professores e funcionários foram atendidos no ambulatório da universidade com intoxicação provocada pelo gás. A PUC-SP informou ainda que um dos estudantes foi atingido na cabeça por uma bala de borracha e encaminhado para um pronto-socorro.
Ato pró-Dilma
Na semana passada, um grupo contra o impeachment realizou um ato intitulado "Pela liberdade democrática" nas dependências do Tuca, o teatro universidade.
O evento da semana passada, organizado pelo Centro Acadêmico de direito da PUC-SP e o Fórum 21, reuniu artistas e juristas de esquerda e representantes de movimentos sociais.

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